As ovelhas gordas e saudáveis são a prova de que a combinação dá certo. Os pés de eucalipto dividem espaço com os animais e a pastagem. O sistema chamado de Silvipastoril está sendo desenvolvido por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, no sudoeste paulista. Aqui no Rio Grande do Sul também se fez algumas experiências, orientadas pela grande indústria de celulose de Guaiba, mas, confesso, nuna soube dos resultados.
Mais uma alternativa para aumentar a renda dos produtores, segundo a coordenadora do projeto, Cristina Barbosa. "O ovinocultor vai aumentar a renda colocando madeira na comercialização. Ele vai ter uma produção de madeira dentro do sistema. E o produtor de árvores colocando animal. Como a renda da árvore vai demorar cinco, seis anos, ele vai ter a renda da produção de carne nessa entressafra".
Na fazenda experimental, os pesquisadores colocaram piquetes entre as árvores. As ovelhas são colocadas ali após um ano do plantio do eucalipto, para que não comam as sementes ou os brotos das plantas.
As fileiras de eucaliptos são plantadas a cada 12 metros, distância ideal para manter a qualidade de todas as produções.
A maior vantagem apontada pelos pesquisadores é o bem-estar animal, já que as ovelhas têm sombra o tempo todo. As árvores oferecem proteção contra a chuva, o sol e o vento frio. Além disso, elas ajudam a manter a pastagem mais vistosa e nutritiva.
"A raiz das árvores conseguem buscar os nutrientes em uma profundidade maior do que a pastagem, do que as culturas. Então ela busca o nutriente a cinco metros de profundidade e traz para cima através da liteira. A liteira vai sendo decomposta e se transforma em material orgânico para o sistema", explica Cristina Barbosa.
Os pesquisadores pretendem concluir os estudos em 2014. Só depois vão levar as técnicas do campo experimental para as propriedades.
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