domingo, 8 de abril de 2012

Setor vitivinícola brasileiro participa do Conselho de Competitividade do governo federal

Dilma diz que governo não vai abandonar a indústria brasileira O setor vitivinícola brasileiro está representado no Conselho de Competitividade, instalado nesta terça-feira (3) pela presidenta Dilma Rousseff. Com funcionamento dentro do no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Conselho do Agronegócio terá a participação do Instituto Brasileiro do Vinho (Carlos Raimundo Paviani), da Miolo Wine Group (Henrique Benedetti, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura) e da Embrapa Uva e Vinho (José Fernando da Silva Protas), representando a vitivinicultura brasileira. O governo também lançou medidas que ampliam as ações do Plano Brasil Maior. “Vamos adotar todas as salvaguardas possíveis para manter e desenvolver nossa produção, empresas e empregos, sempre dentro dos limites das regras internacionais”, declarou Dilma. A área de defesa comercial está contemplada, assim como a desoneração da folha de pagamento e a ampliação de linhas de crédito. A primeira reunião do Conselho de Competitividade do Agronegócio está prevista para o dia 18 de abril, às 14h30. Ao todo, são 19 conselhos. “A redução da carga tributária sobre a cadeia produtiva da vitivinicultura deve ser pauta da reunião”, afirma o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani. “É importante ressaltar que esta é a primeira vez que o setor vitivinícola participa com representantes de conselhos do agronegócio, junto com setores fortes e importantes como o café, o açúcar, álcool, carnes e outros”, destaca Benedetti. Em seu pronunciamento, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou que o lançamento de medidas de incentivo à indústria é uma reação aos impactos da crise econômica internacional e ao protecionismo adotado por alguns países desenvolvidos. Para ela, é possível garantir o estímulo ao setor industrial, o aquecimento da economia, sem adotar ações que prejudiquem os trabalhadores brasileiros. Dilma disse ainda que o modelo de desenvolvimento econômico brasileiro exige uma indústria forte e inovadora. “A melhor saída para a crise não está na velha receita da recessão e da precarização do trabalho. Essa tem sido para nós a fórmula do fracasso”, disse Dilma, sem se referir diretamente às medidas adotadas por alguns países europeus.Em seguida, a presidenta ressaltou que o Brasil tem demonstrado que não existe incompatibilidade entre cortar gastos e permitir o crescimento econômico. “É possível gastar com parcimônia”, disse. “O governo não vai abandonar a indústria brasileira”, completou.
Dilma destacou que o governo tem os “instrumentos” necessários para garantir os incentivos à produção interna e que “não vai deixar” de usá-los. A presidenta pediu o apoio dos 19 conselhos formados por empresários, trabalhadores e integrantes do governo que representam 11 setores da produção nacional. “Esse grande conjunto está orientado por um grande propósito: estimular o desenvolvimento produtivo no Brasil. Vamos estimular as exportações para que as empresas invistam e ganhem produtividade. País rico é o que investe, cria empregos e se torna cada vez mais competitivo”, destacou a presidenta.
Segundo Dilma, para executar medidas estruturais é necessário colocá-las em prática por etapas, sem açodamento. A presidenta reiterou que os efeitos da crise econômica internacional são acompanhados “atentamente” pelo governo. Ela lembrou que as medidas adotadas de forma pontual são mais eficientes, pois a economia é dinâmica. “[Temos de] utilizar [nossa] capacidade de um acompanhamento sistemático porque a economia é dinâmica e requer do governo ações constantes”, destacou a presidenta, cobrando de todos os presentes no lançamento das medidas, que fazem parte do Plano Brasil Maior, empenho na execução. “Meu governo estará sempre ao lado do desenvolvimento com a proteção da indústria e emprego.”
Com informações e fotos da Repórter da Agência Brasil

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