No outro tema deste Blog, o cordeiro, também uma bota notícia. Em São Paulo, será inaugurado um grande abatedouro exclusivo para ovinos. Atualmente, a maior parte dos abates ocorre em frigoríficos de bovinos adaptados.
A criação de ovinos para a produção de carne, ainda liderada pelo Rio Grande do Sul, mas na iminência de perder a posição para São Paulo, tornou-se tão importante que uma das maiores redes de frigoríficos do País, a Marfrig, vai inaugurar, este mês, um grande abatedouro especializado em ovinos. Marcos Molina, dono do Marfrig, investiu R$ 20 milhões na planta industrial em Promissão, estado de São Paulo, e quer abater 1.000 animais/dia, o que não será muito fácil, pois a oferta ainda é incerta e menor que a demanda. Acompanhei o projeto de entregar 200 cordeiros por semana para uma rede de supermercados aqui do Sul e não foi fácil cumprir o acordo. Molina pretende fechar 2009 com a produção de 500 toneladas de carne de cordeiro resfriada – a maior parte, hoje, é congelada - oferecidas a supermercados e churrascarias em doze cortes diferentes.
A carne de cordeiro caiu no gosto do brasileiro. Antes, era consumida apenas nas fazendas e nas cidades do interior, com abates rudimentares. Hoje, chegou aos supermercados, boutiques de carnes e restaurantes da elite. O consumo per capita anual ainda gira em torno de 1,5 quilo, mas a tendência é crescer, senão Marcos Molina, o açougueiro que se tornou dono de uma das maiores redes de frigoríficos do mundo, não colocaria R$ 20 milhões na construção de um abatedouro de ovinos. E o preço da carne ao consumidor está muito atraente para o abatedor: entre R$ 10,00 e R$ 40,00 o quilo!
Meus amigos criadores de ovinos lá de Livramento, especialmente o David Fontoura Martins e o Claudino Loro, gostariam de saber quando um preço semelhante a este vai ser pago aos produtores!
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