Enquanto a maioria das vinícolas já trabalhava no encerramento da safra 2009, a Salton manteve ritmo intenso no recebimento da uva até esta quinta-feira, 9 de abril. O período estendido deve-se, principalmente, pela estratégia adotada pela vinícola que, além dos vinhedos próprios, mantém parceria com 550 famílias produtoras de várias áreas da região da Serra Gaúcha e Campos de Cima da Serra (Vacaria e Bom Jesus), bem como da Fronteira. A diversidade faz com que se amplie as características da fruta, por isso, enquanto alguns produtores estão concluindo a colheita outros ainda aguardam a maturação ideal da variedade Cabernet Sauvignon.
“Costumo dizer que a Salton tem a safra mais longa do mundo”, observa o diretor técnico, o enólogo Lucindo Copat, que já acompanhou o trabalho em diversos países.
A previsão da Salton é totalizar 3 milhões de quilos de uvas tintas para a elaboração de vinhos finos. Com o objetivo de dar andamento ao seu programa de qualidade, a Salton aumentou o rigor para o recebimento das variedades e recebeu apenas as variedades Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc produzidas em espaldeira ou cordão esporonado, baixando para 10 toneladas o volume por hectare. A redução na produtividade por planta interfere diretamente na qualidade da fruta, que tem uma melhora significativa, de acordo com Copat. “Estamos recebendo Cabernet Sauvignon com grande expressão varietal, ou seja, muita fruta e com grau glucométrico elevado de 24º babo, o que dá um álcool potencial de 14% em volume, por exemplo”, comemora o enólogo.
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