sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nova concorrência para o vinho brasileiro

Acaba de chegar ao mercado brasileiro a “Sociedade do Vinho”, uma nova importadora formada por um pool de 20 empresários de sucesso, que surge com mais de 70 novos rótulos Australianos renomados em formatos inéditos e a preços tentadores no mercado brasileiro. Ter um negócio rentável e ao mesmo tempo apaixonante. Foi este o argumento usado pelo australiano Ken Marshall para convencer famosos executivos a desembolsarem R$ 6 milhões no projeto da Wine Society, a mais nova importadora de vinhos do Brasil. O foco da empresa será oferecer rótulos de excelente custo-benefício para que mais pessoas possam ter acessos a bons rótulos de várias regiões produtoras no mundo.
A aposta será dupla: trazer, pela primeira vez no Brasil, títulos renomados, em garrafas tradicionais, e também, investir nas embalagens conhecidas como Bag in Box, caixas de papelão que abrigam, internamente, bolsas especiais com capacidade para armazenar de 2 a 5 litros de vinho. Criadas na Austrália o sistema revolucionou o consumo per capta no país na década de 70. Em 1973 a média consumida por lá era de apenas 9.8 litros por pessoa/ano. Após a introdução dessas embalagens econômicas e seguras, aliada a investimentos no setor vitivinícola, em apenas 10 anos, o índice saltou para a incrível marca de 19.3 litros.
“As Bag in Box transformaram a cultura de beber vinhos em meu país. Os consumidores passaram a levá-los para suas casas, atraídos por preços mais acessíveis, e pela opção de poder tomar apenas algumas taças por dia, já que a tecnologia da embalagem permite guardar a bebida perfeitamente na geladeira por diversas semanas”, explica Ken Marshall, diretor presidente da Wine Society, e sócio da KMM, líder na importação de vinhos australianos no Brasil. “Vamos contribuir com o crescimento do consumo da bebida em taças, nos bares e restaurantes. Pela primeira vez na história, os brasileiros terão acesso a vinhos em Bag in Box de alta qualidade”, completa.
Em seu portfólio inicial serão mais de 70 novos rótulos de 11 vinícolas australianas, como Barossa Valley Estate, Leasingham e Banrock Station, todas pertencentes a parceira Constellation Wines, simplesmente a maior empresa de vinhos do mundo. Outro grupo junto desse projeto é a gigante australiana Lion-Nathan, segunda maior companhia de cervejas e vinhos da Oceania, que enviará garrafas de produtores como Bridgewater Mill, Knappstein e Mitchelton.
Entre as estrelas que estão desembarcando no Brasil, três rótulos foram eleitos entre os Top 100 de 2008 da conceituada revista americana Wine Spectator, são eles: Kim Crawford Sauvignon Blanc Marlborough 2008; Leasingham Riesling Clare Valle Magnus 2007 e Yalumba Viognier Eden Valley 2007.
Apesar de a maioria de seu portfólio ser de australianos, em breve, a empresa passará também a ofertar marcas inéditas provenientes da Nova Zelândia, França, Itália, Espanha, África do Sul, EUA, Canadá (Ice Wine) e Bulgária. “Além de focarmos em quem já consome grandes vinhos, pretendemos oferecer excelentes produtos acessíveis, à crescente classe média que, a cada dia, busca conhecer mais sobre bons vinhos”, conta Hitoshi Castro, um dos investidores da Wine Society e sócio da Gap, uma das maiores gestoras independentes de fundos do Brasil.
Outros grandes nomes do mercado corporativo assinam pela importadora como Roberto Nishikawa (vice-presidente da Itaú Corretora), Ricardo Lacerda (presidente do Banco de investimentos Citi), Flávio Jansen (ex-presidente do Submarino), Pedro Herz (diretor-presidente da Livraria Cultura) e Roberto Lima, (advogado do escritório Souza Cescon).
Além de atuar em diversos estados do Brasil, com sua força de vendas e seus distribuidores, a empresa disponibilizará canais de compra por telefone, website e em espaços gourmet, onde o cliente poderá conhecer o real conceito da Wine Society. Serão inaugurados, ainda este ano, três modernos Bottle-Shop, onde o cliente poderá degustar o vinho em um requintado bar ou durante uma refeição no restaurante ao lado da adega. A filial de Moema, por exemplo, com inauguração prevista para o fim deste primeiro semestre, oferecerá algo inédito em São Paulo: O enófilo poderá ter a incrível experiência de degustar grandes rótulos, aos pés, acredite, de vinhedos plantados no centro do complexo Gourmet. No andar superior haverá também um local reservado para recepção de eventos.
As lojas também terão um toque da Austrália em seu design e decoração, com o projeto assinado pelo australiano Simon Walker. Além dele e de Ken Marshall outros profissionais da terra conhecida como “Down Under” estão envolvidos na Wine Society como gerente de marketing Brendan Dennis e o sócio-investidor, Stephen Hood, renomado advogado que possui vinhedos na região de Bento Gonçalves, no mesmo terroir da premiada Cave Geisse.
Além dos vinhos da Austrália, a empresa esta trazendo também, pela primeira vez, as conceituadas cervejas Boags, XXXX, Tooheys e Hahn. Algumas delas poderão ser encontradas na rede de restaurantes Outback em vários cantos do Brasil. “A idéia é contribuirmos com o comércio bilateral entre estes dois fantásticos países que possuem muita coisa em comum”, comenta Ken Marshall.
Os vinhos da Wine Society estarão disponíveis para entrega em todo o Brasil e os pedidos poderão ser feitos pelo website: www.winesociety.com.br . Os novos vinhos da Wine Society tambem podem ser adquiridos pelo tel.: 11- 2539-2920.
Na próxima semana voltarei, mais uma vez a São Paulo, para acompanhar a Agrishow, em Ribeirão Preto, e vou procurar mais informações sobre este projeto. À primeira vista, parece muito bem montado. Vamos ver a qualidade dos vinhos a serem comercializados.

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