Manoel Peterlongo, o pioneiro do espumante brasileiro
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A enóloga
Maria Amélia Duarte Flores, da Vinho & Arte, que atende a vinícola
Peterlongo, está convidando para a festa de encerramento do Ano do Centenário do
Primeiro Espumante Brasileiro, sexta-feira, dia 13, a partir das 19h, na
Vinícola Peterlongo, em Garibaldi. A caravana porto-alegrense sairá da Vinho
& Arte.
“É com enorme
satisfação que a diretoria da Vinícola Peterlongo convida para a Festa de
Encerramento do Ano do Centenário do "1º Espumante Brasileiro". Um
legado de amor, profissionalismo e trabalho deixado pelo nosso pioneiro, Manoel
Peterlongo, a partir de 1913.
Data: 13 de
setembro de 2013, 20h
Local: Castelo
da Vinicola Peterlongo . Garibaldi . RS
Traje: alto
esporte
RSVP: 51 9331
6098 / vinhoearte@gmail.com / marketing@peterlongo.com.br”
O
estabelecimento vinícola Peterlongo, é uma marca de tradição e pioneirismo. Desde
meados de 1900, Manoel Peterlongo, imigrante italiano, dedicar-se ao sonho de
produzir espumantes no país que o acolhera. Possuia conhecimentos sobre os
métodos "Champenoise", bem como "Asti", pelo processo
rural, sabia que precisava utilizar uvas finas para esta elaboração. É um dos
pioneiros na elaboração de vinhos finos brancos. A qualidade é reconhecida,
oficialmente, em 1913, com a premiação na Festa da Uva de Garibaldi com
"Medalha de Ouro" para o "Primeiro Moscato tipo Champagne".
Seriam os primeiros passos para o novo rumo que todo o vinho do Brasil celebra
agora, cem anos depois: o espumante é a bebida símbolo do país.
Em 1915, funda
a Casa Peterlongo, já a caminho do sucesso. Com a doença de Manoel, em meados
de 1921 a 1924, o único filho homem, Armando, retorna para casa e assume o
comando da empresa.
O jovem
farmacêutico, de apenas 21 anos, marcou a história por exemplos de ousadia:
abraça o sonho do pai e começa uma grande transformação. "Benditas sejam
as mulheres, pois fazem tudo com amor e cuidado", era uma de suas frases:
assim, foi a primeira empresa do setor a empregar mão-de-obra feminina, tanto
em vinhedos quanto na cantina, e com a instauração das leis trabalhistas, a
pagar o salário mínimo aos seus operários. Nos anos 30, constrói uma das mais
belas vínícolas da América Latina, com 10 000m2 de pedra basáltica e um
charmoso castelo que era a residência da família, já vislumbrando não só a
qualidade dos espumantes mas também o posicionamento diferenciado.
A sabedoria se
percebe nos detalhes: a cave basáltica é acessada através de um túnel, onde a
ventilação natural mantém a temperatura perfeita para elaboração do
"método Champenoise". O maquinário, leveduras, tudo vinha diretamente
de Epernay (França), seguindo a risca o padrão "das melhores caves
francesas".
O
"Champagne Peterlongo" era envelhecido por, no mínimo, quatro anos
antes de ir ao mercado; foi um dos pioneiros no plantio em espaldeira, além de
investir fortemente em publicidade em importantes veículos de comunicação. Todo
este trabalho, na época, o consolidou não só como o grande
"Champagne" brasileiro, como também a marca da cidade de Garibaldi
como a melhor produtora nacional. A marca "Peterlongo" era
obrigatória em solenidades oficiais, batismos de navios e aviões. A bebida
estava sempre presente em banquetes oferecidos pelo governo Getúlio Vargas e
foi elogiada até pela rainha da Inglaterra, Elizabeth, ao visitar o Brasil.
Era tamanho o
seu prestígio que, em 1942, a Peterlongo faz sua primeira exportação para a
rede de varejo Macy’s, em Nova York, amplamente noticiada na mídia americana.
Nas caves, recebe a visita de muitas personalidades; até Assis Chateaubriand
vem conhecer a Peterlongo. Armando deixa sempre registrado, desde 1930
"que as portas de seus estabelecimentos estão abertas aos
visitantes".
Nestes Cem
anos de História, a empresa quer valorizar o legado de seus pioneiros, em busca
permanente de qualidade e inovação. Investe em tecnologia, profissionais, tem
buscado uvas em tradicionais e novas regiões, está resgatando suas origens.
Sediada em Garibaldi, é ponto de parada obrigatório não só para o que apreciam
um bom espumante, mas história, arquitetura e uma emocionante volta ao passado,
sempre atentos ao futuro.
Contrapondo-se
a proposição de que o termo "Champanhe" somente possa ser usado na
região de Champagne, na França, a Vinícola Peterlongo obteve, através de
decisão do Supremo Tribunal Federal, direito à utilização e divulgação do nome
na apresentação de seus produtos. Essa prática ocorre desde 1913, quando a
vinícola iniciou seus trabalhos e a permanente atuação de Armando Peterlongo no
controle de qualidade não só de seus produtos, mas de todo o setor. Após um
processo movido por uma empresa francesa, a Peterlongo obteve judicialmente o
direito ao uso do termo de acordo com a lei 78.835/1974.
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