Rinaldo e Antônio Dal Pizzol no Vinhedo do Mundo, em Faria Lemos, Bento Gonçalves
Arquivo JN
O Instituto Dal Pizzol, como seu Ecomuseu da Cultura do
Vinho, em Faria Lemos, em Bento Gonçalves, junto à Vinícola Dal Pizzol, passou
a integrar a Asociation for Culture and Tourism Exchange, uma das mais
importantes entidades voltadas à cultura do vinho na Europa. A ssinatura do
acesso contou com a presença do espanhol Santiago Vivanco Sáenz, que
compartilhou a criação do maior museu privado da cultura do vinho no mundo, o
Museu de La Cultura Del Vino, em Briones, La Rioja, na Espanha. O museu
funciona junto a Bodegas Dinastia Vivanco, da qual Vivanco é diretor
administravo.
Aberto à visitação pública, e com o papel de promover a
história e a cultura do vinho, o Ecomuseu da Dal Pizzol, reúne 151 vinhos
nacionais, 60 internacionais, 24 garrafas de designers estrangeiros e 99
saca-rolhas, tendo entre seus desatques uma garrafa do Cabernet Granja União
elaborado em 1937. Instalado junto ao Parque Temático Dal Pizzol, sob o comando
dos irmãos Antonio e Rinaldo Dal Pizzol, o espaço possui capacidade para
receber quase 250 amostras de vinhos históricos.
Ao lado do museu histórico, há, também, um “museu vivo”,
com mais de 160 espécies de parreiras oriundas de 22 países das mais
diferentes partes do mundo, todas frutificando normalmente e de cujas uvas é
feito, todos os anos, um vinho com varietais selecionados, usado para
festividades especiais. Já existem três safras do Vinum Mundi, elaborado sob o
comando do enólogo Dirceu Scottá.
É um privilégio
conhecer o Vinhedo do Mundo, um projeto lançado ainda em 2005 pela Dal Pizzol
Vinhos Finos. Desde 2011, a vinícola realiza a colheita simbólica, celebrando a
cultura do vinho e a solidariedade entre as nações representadas pelas 164
variedades de uvas de 22 países que hoje compõem o vinhedo. Em plena contagem
regressiva para a 4ª colheita simbólica, programada para fevereiro de 2014, a
vinícola também cuida dos últimos detalhes do Vinum Mundi 2013, que chega para
brindar a safra. Não se trata, como consequência, de um vinho comercial, pelo
contrário, a intenção é cultural, expressando e simbolizando a solidariedade
dos povos e sua cultura. O acompanhamento e avaliação das potencialidades
enológicas das uvas é feita através de um programa de vinificação desenvolvido
junto com a Embrapa Uva e Vinho. A colheita simbólica integra a programação do
Bento em Vindima.
Único nas
Américas, o Vinhedo do Mundo é uma coleção de variedades vitis do planeta. Em
oito anos de trabalho, já são 164 variedades de videiras de 22 países, ocupando
0,7 hectare, mas a intenção é ultrapassar 400 variedades. Com a primeira
colheita simbólica, realizada em 2011, resultou o Vinum Mundi, elaborado a
partir da uva de 20 variedades, e que foi degustado no dia da colheita passada.
A a safra 2013 foi brindada com o Vinum Mundi 2012, elaborado a partir de um
gran assemblage com as 36 variedades colhidas em 2012; e, em 2014, brindaremos
com o 2013. Espero estar lá, ao lado dos meus amigos Antonio, Rinaldo e Dirceu.
Aliás, o Rinaldo está me devendo algumas informações sobre a história da
criação de um Museu da Ovelha.
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