quinta-feira, 17 de março de 2016

Mercado de azeites registra queda de 23% nas importações

Como tenho escreito aqui, a plantação de oliveiras e a produção de azeitonas e azeites vem crescendo intensamente no Rio Grande do Sul. Ontem, conversei com Luiz Eduardo Batalha, dono dos maires oliveiras exisentes no estado, em Pinheiro Machado, e ele confirou que a safra deste ano, em andamento, está muito boa. Hoje, é possível que o governador do RS, José Ivo Sartori (PMDB), visite sua fazenda Guarda Velha, para acompanhar o esmagmento das azeitonas. O Rio Grande do Sul, que há cerca de dois anos tinha apens duas marcas de azeite no mercado, já tem 10. E outras três são esperadas com muita ansiedade, a do Rul Anselmo Rando, lá de Vacaria; a da Miolo, em Candiota: e a da Casa Valduga, em Encruzilhada do Sul. Como acontece em outros países, tradicionais produtores de vinhos estão entrando também na área do azeite. A produção brasileira – também em Minas Gerais e São Paulo – ainda é muito pequena para influenciar no mercado brasileiro de azeites, um dos maiores do mundo, mas as importações estão caindo.Segundo a Oliva, a crise política e econômica no País e a desvalorização cambial são os principais responsáveis pelo número negativo do setor. O cenário desfavorável que o Brasil atravessa vem afetando praticamente todos os segmentos. Não é diferente com o mercado de azeites que registrou retração de 23% nas importações de 2015 em relação a 2014, verificando-se uma queda de 73 mil ton, em 2014, para 56 mil ton, em 2015*. Segundo a Oliva (Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira), a desvalorização cambial aliada à crise política e econômica são os principais responsáveis pelo número negativo do setor, que tem previsão de crescimento nulo para 2016. “A época de Páscoa é uma das mais importantes para o setor de azeites. Nada mais representativo que o peixe servido à mesa sendo regado com um bom azeite e toda a família reunida. É uma data que, historicamente, movimenta o segmento”, explica Rita Bassi, presidente da Oliva. A presidente da Oliva ressalta que os consumidores devem ficar atentos às ofertas de produtos com preços muito baixos. “Quem mais se beneficia desse momento atual são os produtos adulterados que são ofertados a preços abaixo de sua media do mercado. O consumidor deve desconfiar da procedência e qualidade desses produtos”, alerta Rita Bassi. Aliás, uma pesquisa feita há alguns anos pela Proteste, cncluiu que maior parte dos azeites vendidos como de liva no Brasil são falsicados. Alguns, são mistura de oliva com óleos vegetais, outros nem oliva tem. A Oliva - Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira é uma entidade sem fins lucrativos que foi criada com o objetivo de esclarecer dúvidas e orientar consumidores e o mercado sobre a cultura do azeite, além de promover o desenvolvimento do segmento no Brasil, respeitando os consumidores e as leis vigentes. Filiada ao COI - Conselho Oleícola Internacional, segue padrões e diretrizes de excelência e qualidade, além de aplicar essas orientações no Programa de Controle da Pureza dos Azeites, visando a preservação e autenticidade dos produtos. *Fonte: Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (AliceWeb) da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Rita Bassi, presidente da Oliva Arquivo JN

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