Adriano
Miolo diz que tempestades derrubaram produção de vinho em Livramento
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JN
Nosso
amigo Floriano Molon, parceiro desde os tempos em que fazíamos cobertura dos
Festivais da Canção de Flores da Cunha e íamos comer boas massas no hotel da
Dona Adélia, em Otávio Rocha, ou participar do desfile dos tratores, quando ele
criou e começou a incentivar as comemorações do Dia do Colono e Dia do
Motorista, lá pelos idos de 1972, mandou-nos a lista dos municípios maiores
produtores de vinhos no Rio Grande do Sul. O acompanhamento da estatística
elaborada pela Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), desde 1997, inclui
vinhos finos e comuns, é muito interessante e mostra as mudanças geográficas
dos parreirais, inclusive, sua migração para a Campanha e outras regiões além
da serra gaúcha, embora esta continue predominando. Uma informação que chama a
atenção é relacionada com Santana do Livramento, o município que começou a nova
expansão dos vinhedos pela região da Campanha (houve outra, no século IXX), o
que levou alguns a denominarem a região de A Nova Califórnia: em 1997, o
município registra produção de 6.211.580 litros de vinho. Agora, em 2015, a
produção caiu para 2.412.200 litros. Estou esperando uma explicação que
solicitei para a Agavi, ms, até agora, o assessor Jorge Franco não me
respondeu. O presidente do Grupo Miolo, Adriano Miolo, que possui a vinícola
Almaden, em Livramento, foi mais rápido na resposta. Adriano acredita que a
diminuição se deve à mudança ococrrida no cenário de produção local e, também,
às más condições climáticas registradas este ano, que destruiram muitos
parreirais: “Em
1997 imagino que as únicas empresas que produziam vinho em Livramento era
a Almadén e a Santa Colina. Nesses tempos a Almadén também comprava uvas de
produtores da região. Nesta última safra houve também uma grande
tempestade em Livramento, acho que você lembra, foi no dia 20 de dezembro, onde
os vinhedos da região e da Almadén foram atingidos com muito granizo e houve
uma grande perda de produção. A Almadén produziu somente 2.300.000 litros em
2015, onde numa safra normal produz em torno de 3.500.000 litros, e são
vinificadas somente uvas de produção própria”, diz Miolo.
O
maior produtor de vinhos, pelo sétimo ano consecutivo, é Flores da Cunha, com
89.532.894 litros, em 2015. Seguem-se Bento Gonçalves, com 35.701.199 litros;
Farroupilha, com 28.683.052 l; São Marcos, 21.828.658l; Caixas do Sul,
15.816.611 l; Campestre da Serra, 12.774.130 l; Garibaldi, 10.658.911l; Antônio
Prado, 9.167.186 l; Nova Pádua,
4.981.678 l; Monte Belo do Sul,4.869.910
l; Santana do Livramento, 2.412.200 l;
Veranópolis, 488.726 l.
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