sábado, 23 de novembro de 2013

Uma nova campanha sobre o vinho brasileiro e também uma nova polêmica no setor vitivinicola


Ao mesmo tempo em que o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) lança uma nova campanha de promoção do vinho, especialmente no Rio Grande do Sul, e este é um dos vários motivos da polêmica, nasce uma nova discussão entre os produtores, principalmente os chamados “pequenos produtores”, que dizem que o dinheiro deles, que constitui o chamado Fundovitis vem sendo utilizado pelo Ibravin para beneficiar as grandes vinícolas, quando não é simplesmente jogado fora em “campanhas inócuas”, como disseram ao jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, vitivinicultores de Bento Gonçalves e Garibaldi, entre os quais Luiz Zanini, da Vallontano, e Adolfo Lona, da Vinícola Lona. Zanini observa que o Ibravin já gastou muitos milhões e o consumo de vinho per capita, no Pais, há 20 anos é de 1,9 litro por habitante. Lona diz que “só se jogou dinheiro fora”. No relatório do Ibravin apresentado quinta-feira, as vendas de vinho comum desabaram 13 milhões de litros, em comparação com o ano de 2011; e as de vinhos de viníferas, cresceram menos de 800 mil litros. Em comparação com o produto importado, os chamados vinhos finos brasileiros detem apenas 23,33% do mercado.
O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, fez uma pálida defesa do instituto, dizendo que “infelizmente, as pessoas nem sabem direito o que está sendo feito e saem por aí falando...” e o presidente Dalle Molle sequer quis responder. Disse, antes, que falaria em entrevista coletiva marcada para quinta-feira, dia 21, na secretaria da Agricultura, em Porto Alegre. Mas lá nem apareceu. O instituto apresentou uma nova campanha, que custará R$ 1 milhão e será feita apenas no Rio Grande do Sul, que já é o estado que mais consome vinhos no País, e os números do mercado, nos quais não se fala em consumo per capita.  Pavini anunciou como trabalho do Ibravin em prol de todos, o fato de uma comissão ir a Brasilia, na próxima semana, exigir a aprovação de alterações no estatuto da micro empresa. Este é um trabalho do Sebrae e também do deputado Afonso Hamm, que já anunciou as fortes possibilidades de aprovar o ingresso das vinícolas no Simples Nacional, com as mudanças que serão introduzidas no Estatuto da Micro e Pequenab Empresa.


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