Para quem conhece bem o vinho português sabe que
normalmente são blends com uvas autóctones. Aliás, Portugal no mundo vínico se
diferencia pela variedade de uvas vitiviníferas nativas e é por isso que os
blends portugueses criaram fama no mercado e são muito bem aceitos pela sua
versatilidade.
No entanto, o que muitas pessoas ainda não sabem que
Portugal tem produzido cada vez mais vinhos varietais, feitos com apenas uma
uva ou com a predominância desta. A legislação de cada país e de cada região é
que determina a porcentagem mínima necessária para que um vinho possa ser
considerado varietal. No Brasil, por exemplo, o vinho varietal precisa ter pelo
menos 75% de uma uva.
A Bacalhôa foi uma empresa pioneira em elaborar varietais
com castas francesas em Portugal lançando o premiado Quinta da Bacalhôa (90%
Carbenet Sauvignon) em 1979, época essa que as castas francesas mal eram
conhecidas no país. E eu estive lá na Baclhôa para conferir. O mesmo movimento
que a Bacalhôa fez há décadas no Alentejo vem acontecendo atualmente no Douro e
felizmente, a Quinta da Romaneira também representada pela Portus é uma das
pioneiras em produzir varietais com castas francesas em uma região na qual
pouco se fugia das tradicionais castas do Douro.
A Portus oferece diversos vinhos varietais de
nacionalidade lusitana em seu portifólio com 100% das castas Touriga Nacional,
Syrah, Merlot, Chardonnay, Alvarinho, Moscatel Roxo, Moscatel de Setúbal, Baga,
Castelão e Petit Verdot, o primeiro varietal desta casta da região do
Douro.
Quinta da Romaneira Touriga Nacional 2010: Através do seu
delicado aroma floral, da sua caracteristica finesse e da pureza da fruta, o
vinho representa a verdadeira expressão
do terroir único da sua quinta e caráter
distinto desta casta notável. Este vinho apresenta um nariz delicado, com notas
a rosa e violeta selvagens. Elegante, fresco, equilibrado, revela taninos
suaves no palato e com um fim perdurável. Casta: Touriga Nacional (100%). Teor
alcoólico (%): 13.
Quinta da Romaneira Petit Verdot 2011: Apresenta uma
combinação maravilhosa da pureza com a complexidade aromática e tem o sabor
sustentado por taninos firmes e bem integrado. O rótulo Petit Verdot pode ser
bebida com imenso prazer quando jovem, mas possui também uma excelente
capacidade de envelhecimento. Casta: Petit Verdot (100%). Teor alcoolico (%):
14.
Quinta da Romaneira Syrah 2011: Frutos vermelhos
exuberantes e suculentos, com uma agradável frescura e equilíbrio. Algumas
notas de especiarias e alcaçuz. Madeira bem integrada, taninos finos, com o
final longo e persistente. Casta: Syrah (100%). Teor alcoólico (%): 14,50.
Quinta da Bacalhôa Tinto 2011: Mantendo o seu estilo
clássico, o Quinta da Bacalhôa 2011 apresenta aromas de frutos encarnados bem
presentes combinados com nuances de madeira e especiarias; na boca as sensações
de frutas encarnadas são realçadas e combinadas com taninos suaves bem
presentes; tem um final fresco, algo mineral, elegante e muito complexo.
Castas: 90% Cabernet Sauvignon e 10% Merlot. Teor alcoólico (%): 14,5.
Má Partilha Merlot 2010: De cor vermelha intensa,
apresenta notas de fruta encarnada, como a cereja e a ameixa combinadas com
“nuances” de chocolate, café moca e especiarias; na boca é cheio, tem fruta
madura combinada com taninos finos e elegantes mas firmes que lhe conferem uma
estrutura complexa e muito persistente. Este vinho tem um ótimo potencial de
envelhecimento em garrafa. Casta: 100% Merlot. Teor alcoólico (%): 14,7.
Cova da Ursa Chardonnay 2011: apresenta uma cor amarela
pálida, com reflexos esverdeados, um aroma rico a frutos amarelos
característicos da casta Chardonnay, como o pêssego e o ananás, combinadas
com “nuances” tostadas e abaunilhadas, provenientes do contacto com a madeira
francesa. Na boca, encontramos fortes sabores a frutas amarelas bem combinadas
com madeira, uma franca acidez, que lhe confere um caráter mineral e um final
cheio e persistente. Casta: 100 % Chardonnay. Teor alcoólico (%): 13,7.
Outros rótulos:
Loridos Chardonnay 2006, Quinta dos Loridos Alvarinho 2008, Moscatel de
Setúbal 1999, Moscatel de Setúbal 2011,
Moscatel de Setúbal Roxo 1999, Quinta da Garrida Reserva Touriga
Nacional 2005, Quinta da Dôna 2009 e JP Private Selection Castelão 2009.
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