Raffaella
Guidi Federzoni, da Fattoria dei Barbi
Os
vinhos degustados: Brusco, Morellino, Rosso e os 2 Brunello
Brunello
di Montalcino 2005
Corte
Real e Pires de Miranda
Fotos
DU/JN
Participei
de um belo almoço na NB Steak, em Porto Alegre, no qual a conversa foi muito
boa, em torno de vinhos italianos e, principalmente, sobre a uva Sangiovese, da
qual bebemos dois Bunello di Montalcino, sendo um o Riserva DOCG 2005, soberbo.
O almoço foi oferecido por Luiz Carlos Tonin, da Interfood, para recepcionar Raffaela Guidi Federzoni, gerente de exportação da Fattoria dei Barbi, da
Itália, que veio apresentar alguns dos bons vinhos desta vinícola que existe
desde 1892, propriedade da família Colombini que, por sua vez, tem propriedades
naquela região da Toscana desde 1352. Tradição é que não falta para elaborar o
Brunello di Montalcino, pois foi pioneira na sua exportação, já no século XIX,
quando o vinho também recebeu o seu primeiro grande prêmio, a Medalha de Prata
concedida pelo ministério da Agricultura italiano, em 1892.
Raffaella
explicou que Barbi desempenhou um papel importante na história do Brunello di
Montalcino, escrevendo muitos capiitulos. O Brunello da Fattoria dei Barbi é um
vinho extremamente tradicional, elaborado rigorosamente e seguindo
procedcimentos indispensável, como o uso absoluto de uvas Sagiovese clone de
Montalcino, da madeira e dos barris médios. São produzidas 700 mil garrafas/ano.
A
Fattoria tem 500 hectares de extensão, sendo 100 dedicados aos vinhedos, sob o
comando de Stefano Cineli Colombini. As vinha estão espalhadas em Montalcino,
Scansano e Chianti. A maior parte do terreno é solo de limo e argila e o
restante arenoso. A capacidade da vinícola é de 10.662 hectolitros em cubas de
aço inoxidável, 4.900 hl em taqnues de cimento, 211,5 hl em barricas, 230hl em
tonéis de 500 litros e 3.337 hl em barricas de caravlo da Eslovênia, de média e
grande capacidade.
Além
de Raffaella e Tonin, estavam no almoço Mauro Corte Real, Carlos Pires de
Miranda, Giuliano Mendes, eu e o
representante da Costi Bebidas. As comidas foram as tradicionais no sistema da
Na Brasa Steak: carnes, carnes, carnes, para surpresa e delícia da italiana. O
que eles chamam de “costela gaúcha” estava muito boa. Os vinhos foram o
capítulo à parte.
Começamos
com Brusco dei Barbi IGT 2010, um tinto seco, elaborado com 100% uva
Sangiovese, 13,5% de álcool, imediatamente engarrafado após a fermentação em
aço inoxidável, sem passar em madeira.. Com boa estrutura tânica, tem um
potencial de guarda para 4 ou 5 anos. Cor vermelho rubi brilhante, tem aromas
de cereja, framboesa e leves toques florai. No paladar, é seco, com taninos
macios, é frutado e fresco, corpo médio. Raffaella indica-o para acompanhar
grelhados, como os que estávamos comendo, carnez brancas, massas com molho de
tomate e queijos médios. “É um vinho perfeito para pizza”, aifirmou, e também
para acompanhar salame e mortadela. Custa a partir de R$ 59,70 no mercado
brasileiro.
Seguiu-se um Morellino di Scansano 2012 DOCG, também um
tinto seco, da região de Maremma (Toscana), elaborado com 85% de uva Morellino
(Sangiovese) e 15% Merlot, 14% de álcool, em tanques de inox, mas com leve
passagem por barris de carvalho esloveno, 4/6 meses.. É vermelho rubi
brilhante, com aroma de frutas vermelhas e negras, especiarias, toques florais,
tabaco e chá verde. No paladar, é seco, frutado, com acidez vibrante. Corpo
médio. Raffaella sugeriu bebê-lo com frios e antepastos, massas gratinadas,
molho ao sugo, bolonhesa, pizzas, atum grelhado, lasagna, grelhados leves,
queijos médios, como Gouda e Camembert. Tem tempo de guarda previsto em 10 anos
e custa em torno de R$ 185,00.
O
terceiro vinho foi o Rosso di Montalcino 2011 DOC, tinto seco elaborado com
100% de uvas Sangiovese Grosso, com 13,5% de álcool. Fermentação em aço inox e
engarrafamento imediato, sem passagem por madeira. O ideal é deixar uns 20
minutos no decanter.e, aí, se terá um vinho vermelho rubi brilhante, com
acentuado aroma de cerejas, especiarias e tabaco, seco, fresco e frutado, com
corpo de médio a encorpado. Ideal para acompanhar massas com molhos
consistentes, bolonhesa, pratos à base de carnes vermelhas, cabrito, polpetone
e queijos duros como Pecorino eTaleggio. Custa R$ 97,40.
O
quinto foi o primeito Brunello di Montalcino do almoço: Brunello di Montalcino
2007 DOCG, 100% uvas Sangiovese Grosso, um tinto seco com 14$ de álcool que
passou 24 meses em barricas de carvalho da Eslovênia. É preciso decantar, no
mínimo, 30 minutos, para obter todas as suas qualidades. De um vermelho rubi
intenso e brilhante, tem bons aromas de framboesa, cereja, notas florais,
especiarias e toques balsâmicos e minerais; os taninos estão presentes e se
apresentam, são elegantes e complexos, encorpado. Vai bem com carne de cordeiro
ou de cabrito, com alguma caça, e, principalmente com queijo de ovelha bem
maturado. Custra R$ 217,00
O
fechamento foi glorioso, com o Brunello di Montalcino Riserva 2005 DOCG, o mais
típico desta região da Toscana, na Itália. Elaborado com uvas Sangiovese Grosso
(100%), fermentadas em aço inox, tem 14% de álcool. Passou 36 meses em barricas
de carvalho esloveno e, pelo menos, 24 meses em garrafa, antes de ser colocado
no mercado. Também deve repousar num decanter, pelo menos, por 30 minutos.
Vermelho ruti intenso, com um toque granada, tem aromas de cereja, toques
florais, notas de couro, alcaçuz e feno seco – um típico nariz europeu. É
elegante, com taninos bem presentes, textura aveludada, muito equilibrado,
complexo e encorpado, acompanha maravilhosamente queijos como Pecorino,
Parmesão e Taleggio, ideal para massas com molho vermelho e carnes. Custa R$
540.00.
Os
vinhos da Fattoria dei Barbi estão à venda em todas as boas lojas de vinho.
Quem não encontra, pode procurar o Tonim, na Intefood:
WWW.interfood.com.br/luiz.tonim@terra.com.br
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