Paul Vossen, jurado internacional de azeites
Foto DU/JN
Como
na questão do vinho – e em outras culturas, na comparação mundial – uma das
atrações para se plantar oliveiras no Rio Grande do Sul é o preço da terra,
algo logo percebido por Paul Vossen. Disse que, em terras aptas ao plantio, o
hectare não custa menos de US$ 15 mil. No Napa Valley, onde estão as grandes
vinícolas dos Estados Unidos, o hectare é cotado a R$ 500 mil e não se encontra
facilmente. Também o preço do azeite é considerado compensador, entre US$ 10 e
US$ 50 o meio litro, dependendo da qualidade.
Outro
aspecto que entusiasma os investidores é o que azeite, cada vez mais, terá
mercado, diante das mudanças de comportamento dos consumidores, que não querem
mais produtos relacionados com química. A maioria dos óleos comestíveis do
mundo são extraídos com uma atividade química. O azeite de oliva é totalmente
natural, pois é extraído pelo esmagamento mecânico da azeitona. A azeitona entra
na máquina moedora e o azeite sai pronto para ser usado na outra ponta.
“As
oportunidades são fantásticas”, disse Vossen. Neste momento, a produção e o
consumo estão iguais no mundo. Por pequeno que seja o aumento no consumo,
faltará azeite. Nos Estados Unidos, por exemplo, a perspectiva é dobrar o
consumo. Com 350 milhões de habitantes, o país consome 9% do azeite produzido
no mundo. Hoje, consome apenas 1 litro per capita, enquanto a Australia consome
2 lpc, a Itália 14lpc, a Espanha 15 lpc ea Grécia 20 lpc. O plantio de
oliveiras, nos Estados Unidos, começou quando os americanos se deram conta do
tamanho do mercado, nos anos das décadas de 1980/1990, enquanto a Austrália
começou 10 anos antes.
“Este
lugar – disse Paul Vossen, dirigindo-se aos atentos convidados de Luiz Eduardo
Batalha e referindo-se à região Sul do Rio Grande do Sul – pode ser muito
interessante para a produção de azeites. Tem solo, tem clima e, principalmente,
tem mercado.”
Um comentário:
Sr. Ucha,
Parabenizo a todos os envolvidos pelo evento. Fico encantado em saber que há entusiasmo por parte dos empresários da região sobre o azeite de oliva e a vitivinicultura.
Do meu ponto de vista, achei este tópico o mais interessante dentre os cinco, uma vez que trata mais de uma visão macro-microeconômica, ou seja, de "business". Tenho três perguntas:
- Apesar do objetivo - plenamente justificável - do evento, houve degustação de outros azeites locais?
- Além de todo o potencial sobre o negócio, o Sr. Vossen gostou da qualidade dos azeites produzidos aqui?
- O Sr. Vossen tem agenda para comparecer à Finooliva?
Grato, abraços,
Carlos Daniel A. L. da Rosa
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