Alexandra Bobone na Malhadinha Nova
Enólogo Nuno Gonzales
A visita à herdade da Malhadinha Nova, em Albernôa,no dia
24 de janeiro de 2014, também foi um retorno. Desta vez, não encontrei o João
Soares, proprietário da adega, que estava viajando, mas fomos muito bem
recebidos pela Alexandra Bobone, que nos mostrou toda a propriedade de 450
hectare, nos quais, além de vinhas e oliveiras, produz-se porco preto, ovelhas
Merino Alentejano, gado Alentejano e cavalos Lusitanos. Depois, o Nuno Gonzales,
enólogo residente, nos mostrou os lagares modernos, onde se faz pisa a pé e com
um robô, conforme o vinho que se deseja obter. A malolática é feita em barricas
novas de carvalho francês e todos os tintos ficam de nove a 20 meses em barricas
usadas, parcela a parcela. “O objetivo, é fazer o melhor vinho possível”,
disse Gonzales.
A degustação começou com o Antão Vaz 2013, retirado da
cuba, que mostrou boa acidez, bons aromas e muito leve. Depois, um 95% Roupeiro
e 5% Verdelho, também 2013, muito fresco e potente; o Verdelho 2013, cujas
notas florais prometem; e o Rosé da Peceguina 2013, com Aragonez e Touriga
Nacional, ácido, equilibrado, macio, fresco, sem doçura. E fomos para os
prontos: o Malhadinha 2012, 100% Alicante Bouschet, que passou 14 meses em
barrica de carvalho francês, já com muito chocolate e aroma marcante de amêndoa
torrada; o Malhadinha Tinta Miúda 2012, elegante, com muita fruta fresca;
o Monte da Peceguina 2012 Branco, com
Antão Vaz, Verdelho, Roupeiro e Arinto, um vinho fresco, de boa acidez, frutado,
floral e mineral, do qual foram elaboradas cerca de 400 mil garrafas. Fácil de
degustar, com 13º de álcool. O oitavo vinho foi o Monte da Peceguina Tinto
2012, com Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Touriga Nacional,
Aragonez e Tinta Miúda que passou 12 meses em barricas de carvalho francês
usadas, um vinho muito rico, com muita fruta, mais fresca do que madura, com
complexidade no nariz. Tem 14º de álcool e é vendido, em Portugal, por E 9,90.
Degustados os vinhos, fomos almoçar no restaurante
Espelho d´Água (Parque da Cidade),em Beja, porque o da Malhadinha Nova está em
obras, aproveitando o período da baixa temporada. Começamos, é claro, pelos
petiscos alentejanos, como orelha de porco, azeitonas pretas, torresmo de
rissol, polvo, queijo de Serpa, e os pratos principais foram sopa de garoupa em
belo caldo atomatado no qual se mergulha o gostoso pão alentejano e migas de
aspargo com carne de porco preto frita. O desfile de vinhos continuou: Monte
da Peceguina 100% Antão Vaz 2012, com 13º de álcool, sem madeira, que
harmonizou bem com a sopa de peixe.; Malhadinha Nova Branco 2012, com Arinto,
Viognier e Chardonnay, que pasou oito meses em carvalho francês, 13,5º de
álcool, amanteigado; Malhadinha Nova Touriga Nacional 2012, com 12 meses de
madeira francesa nova, 15º de álcool; o Monte da Peceguina Tinto 2012, um vinho
fresco, com Aragonez, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Trincadeira e Syrah,
14º de álcool, harmonizado perfeitamente com a carne de porco; o Malhadinha
Tinto 2011, com Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Tinta
Miúda, pisado a pé, com 14/15 meses de barricas francesas novas. Nesta edição,
foi a primeira vez que o Syrah deixou de entrar no Malhadinha Nova. Ao final, na
sobremesa, o Malhadinha Nova Late Harvest 2010, 100% Petit Manseng, com excelente acidez e não
demasiadamente doce, com 12,5º de álcool, vendido em Portugal por E 20,00.
Das provas e da conversa com o enólogo Nuno Gonzales
ficou uma certeza: sobre a safra de 2010:
Herdade da Malhadinha Nova – e-mail: reservas@malhadinhanova.pt
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