domingo, 9 de junho de 2013

04 – Guatambu, uma degustação de qualidade

                    Alejandro Cardozo, enólogo uruguaio, e Gabriela Pötter, coordendora da vinícola
                                                         Foto DU/JN
A Guatambu, como já disse, tem 10 vinhos. A série Rastros do Pampa, a primeira, que começou com Cabernet Sauvignon 2007, seguiu com Merlot 2011,e, agora, foi enriquecia com o Tannat 2012; depois o Vinho da Estância 2012, um assamblage Cabernet Sauvignon, Tannat e Tempranillo 2012; o Luar do Pampa Gewurztraminer 2011. Depois, vieram os espumantes Guatambu Extra Brut, 100% Chardonnay; Guatambu Nature, 100% Chardonnay; Poesia do Pampa Brut, Chardonnay e Sauvignon Blanc; Poesia do Pampa Demi-Sec, Gewurztraminer e Chardonnay; e o lançamento da inauguração Guatambu Rosé Brut, com Gewurztraminer e Pinot Noir. Todos em tiragens pequenas, limitadas e numeradas, entre 13.400 e 2.500 garrafas,
Depois da visita às instalações, fomos, com Gabriela Pötter e Alejandro Cardozo, para o grande, bonito, bem iluminado e decorado salão onde serão feitas as degustações com os visitantes e que também funcionará como restaurante oferecendo pratos típicos da culinária da Campanha, especialmente as carnes preparadas na grande “parrilla” construída na parte posterior do salão. Ambos explicaram o projeto, desde seu início, falaram sobre o solo, o clima, o terroir e a qualidade das uvas Chardonnay, Savignon Blanc, Gewurztraminer, Tempranillo, Merlot, Tannat, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir que cultivam. A região tem mais de 2.300 horas de luminosidade durante o período vegetativo da videira, verões secos e grande amplitude térmica, com calor de dia e frio à noite e ventos periódicos.
No salão, fizemos uma degustação vertical dos seis vinhos Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon já colocados no mercado pela Guatambu, desde 2007 até 2013, com exceção de 2010, quando ele não foi elaborado porque as uvas daquela safra não demontraram qualidade suficiente. Não vou entrar nos detalhes técnicos de cada um, porque seria cansativo para os leitores, mas duas safras se destacaram na degustação, as de 2008 e de 2009, a primeira muito aberta, com um vinho que cresceu e mostra aromas de açúcar mascavo e marmelada; a segunda, com claras notas de ameixa preta madura, um vinho para nota mínima de 93 pontos. Com os 2008 e 2009 foi que a Guatambu começou a sua coleção de prêmios e medalhas, inclusive Ouro no Emozione dal Mundo. O 2013, que ainda está nas barricas de carvalho francês Allier, tem tudo para ser um grande vinho. Sem quer puxar brasa para o meu assado, digo que vai ser excelente para acompanhar uma paleta de cordeiro preparada com alho e alecrim. Está na barrica e já tem estrutura.
Antes de fazermos a cata dos Rastros do Pampa, degustamos dois espumantes, o Guatambu Nature 2011 e o 2012, nossos velhos conhecidos, ambos elaborados pelo método champenoise, sem recebeu açúcar no degorgement, com açúcar residual inferior a 2g por litro, e por isso é considerado Nature. Alejandro Carvalho lembrou que parte do vinho base (25%) passou 2 meses em barril de carvalho francês. É um espumante de grande volume, elegante e cremoso.



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