terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Empresa uruguaia tem permissão para exportar 75.000 ovinos vivos


O assíduo leitor do Blog Paulo de Tarso dos Santos Martins, lá do Mato Grosso, envia uma reportagem que se enquadra bem na preocupação dos gaúchos criadores de Texel e de ovinos em geral. Por que os uruguaios, que exportam ovinos em pé, inclusive para o Brasil, não permitem que o Brasil faça o mesmo para lá? Porque, nós sabemos. Mas é um problema de falta de reciprocidade comercial...
“O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai aprovou uma permissão para exportar até 75.000 ovinos em pé, após solicitação da firma Gladenur S.A. A operação de compra já foi feita e o embarque com destino à Arábia Saudita será feito durante os primeiros dias de fevereiro.
O integrante da firma exportadora, Mauricio Diez, confirmou que serão comprados capões e borregos de no mínimo 35 quilos. A Gladenur S.A. pagará por quilo até 50 quilos no caso dos capões e até 45 quilos no caso dos borregos. Se os animais passarem desse peso, o pagamento será feito por cabeça.
Diez disse que o preço máximo por quilo para os borregos será de US$ 1,30 e US$ 1,10 para capões, sempre por lotes especiais por quantidade e qualidade. No caso de ser por caminhão, serão pagos US$ 1,25 e US$ 1,05, respectivamente. Descarta-se totalmente a possibilidade de incluir ovelhas na operação.
A Arábia Saudita é um comprador tradicional de ovinos uruguaios, mas o mercado não mostra a fluidez dos anos anteriores. No caso da permissão outorgada, trata-se de um negócio que pode ser concretizado pela Gladenur, porque está complicada a compra de bezerros em pé. Diante desse problema, a empresa optou por outras opções e apontou a outros mercados.
“O mercado na Arábia Saudita está complicado e os preços são muito apertados. A Austrália está exportando bastante e exporta mais que o Uruguai”.
“Estávamos afastados da compra de ovinos. Agora, é como começar tudo de novo e parece uma loucura juntar 75.000 animais, ainda que há anos, na primavera, exportamos 500.000 animais. Começaremos devagar”. A compra será feita através de vários escritórios e se estenderá até o fim do mês.
Segundo dados da Direção de Comércio Exterior do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, no ano passado foram exportados do Uruguai um total de 14.720 ovinos com destino ao abate aos Emirados Árabes. Paralelamente, foram exportadas 13.920 cabeças com destino ao abate no Brasil. Quanto aos reprodutores, foram exportados 50 ovinos no Brasil e 241 cabeças ao Paraguai, países que, nos últimos anos, são compradores de genética.”

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