terça-feira, 24 de julho de 2012

Valdemiz – Monte Reale, Videiras Moscato Giallo 2011, Cabernet Sauvignon Reserva 2009 e Sospirolo Clássico 2005



Monte Reale está junto à rodovia principal de acesso a Flores da Cunha













O menarosto sendo preparado na Monte Reale
Fotos DU/JN

Na Vinícola Valdemiz, cujo nome mais antigo é Monte Reale, instalada junto à rodovia principal de acesso a Flores da Cunha, precisei ir três vezes, tão grande era o movimento de visitantes, no sábado, dia 21. Em nenhuma delas encontrei o enólogo responsável técnico, Lucas Guerra, mas fui bem atendido e pude conhecer as imensas instalações todas em pedra basalto trabalhada, abundante na região. O resultado é impressionante. Na grande adega escura foi que vi o Sospirolo Clássico 2005 que, à noite, beberia enquanto comia um menarosto delicioso, com a presença de Enio Mioranza e Eleida Mioranza Soldatelli, sócios proprietários da casa.
A Monte Reale tem uma história que remonta a 1884, quando Pietro Mioranza, imigrante italiano, vindo de Valle Del Mis, recebeu o lote 13 do Travessão Alfredo Chaves. Em 1972, Valdecir Mioranza, bisneto de Pietro, juntamente com mais seis amigos fundou a Vinhos Monte Reale. Em 1993, Valdecir assumiu o controle acionário da Monte Reale, a partir desta data se iniciaram os investimentos em tecnologia, a fim de produzir vinhos de alta qualidade.
Entre os vinhos que degustei e aprovei, o já falado Sospirolo Clássico 2005, o Videiras Moscato Giallo 2011 e o Cabernet Sauvignon Reserva 2009. O Sospirolo é uma interessante assamblage de cabernet franc, cabernet sauvignon, merlot, tannat e ancellota.
Na conversa com o empresário Enio Mioranza, falamos muito sobre o projeto de um grande hotel que ele imaginou construir no terreno atrás da vinícola e cujas obras já estão quase concluídas, para 108 apartamentos, e ele parou porque hesita sobre a rentabilidade da atividade hoteleira – além da vinícola, ele possui uma grande transportadora rodoviária de cargas. Eu conheço o assunto porque meu amigo Tarcisio Michelon, dono da rede de hotéis Dall´Onder, de Bento Gonçalves, falou-me, certa vez, de seu interesse em assumir a administração do hotel do Mioranza, em Flores da Cunha. Já estava tudo acertado entre eles quando a família de Michelon achou que ele estava trabalhando demais, para sua idade, e proibiu-o de entrar no negócio. Mioranza, que estava entusiasmado e já havia comprado todo o material necessário para concluir a obra civil do prédio, perdeu o entusiasmo e parou tudo. Agora, está pensando em transformar o prédio em local de eventos.
Como técnico em turismo, com conhecimentos de hotelaria, tentei mostrar-lhe a importância de concluir o hotel de 9.506 m2 – estão prontos o térreo e o primeiro andar -, com projeto do arquiteto Angelo Roman Rossa, em formato de avião, todo em pedra bassalto e com um magnífico túnel que ligará o hotel com a adega da vinícola. Não só Flores da Cunha, como toda a região da serra, precisa de um hotel deste tipo e padrão. Mary Siqueira da Silva, gerente do Hotel Flores da Cunha, hoje propriedade do Francisco Novelleto, que também investe em hotelaria e restaurantes, além de possuir a rede de lojas de eletroeletrônicos Multissom, sugeriu que o empresário converse com ele. Fioranza prometeu estudar o assunto e talvez voltar a acreditar no projeto hoteleiro. Acho que conseguims convencê-lo da importância do hotel para a região.

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