Depois, visitando os tanques e tonéis de carvalho francês e americano onde repousam alguns vinhos, o enólogo Felipe Beber usou uma pipeta para tirar uma prova de um tannat 2012 que recém estava terminando a malolática. É um tannat que está em carvalho, com menos de 30 dias, mas não será 100%. Outras partes estão no aço inoxidável para depois formular-se um vinho com base de fruta, pois Felipe entende que o vinho brasileiro tem que se firmar como uma expressão incrível de fruta. O seu tanatt, apesar de novíssimo, me pareceu com muito futuro, agradável, fácil de beber. Quando chegar ao mercado, será muito bom, pois é costume da Casa Venturini, além do tempo de repouso que a boa técnica exige, deixar seus vinhos por mais três meses na garrafa antes de começar sua comercialização. O seu pessoal trabalha com o que chama “enologia de precisão”.
Outro aspecto que me chamou a atenção na Casa Venturini foi que a maior parte das uvas viníferas usadas por eles vem de Santana do Livramento, minha terra natal, lá na fronteira com o Uruguai, ponto de início da chamada nova província vinífera brasileira, a da Região da Campanha. As brancas são vinificadas lá mesmo, em parceria com a Aliança, mas as tintas são transportadas à noite para não sentirem a mudança até Flores da Cunha.
Enólogo Felipe Beber pipetando o tannat 2012 na barrica
Nenhum comentário:
Postar um comentário