Pedidos feitos na 13ª Jornada da Viticultura Gaúcha envolvem a diminuição da carga tributária, a inclusão das pequenas cantinas no Simples Nacional, o reforço da fiscalização, a regulamentação do vinho artesanal, ajuda para escoar o excedente de estoques de vinhos e a aplicação de medidas de salvaguarda para a produção nacional. Evento teve a presença de 800 produtores de uva.
Diminuir a carga tributária, incluir as pequenas cantinas no Simples Nacional, aumentar a fiscalização e o controle dos vinhos e derivados, regulamentar o vinho artesanal, escoar o excedente de estoques de vinhos e aplicar medidas de salvaguarda para a produção nacional. Estas foram as seis reivindicações feitas ao governo federal na sexta-feira, 15 de junho, na 13ª Jornada da Viticultura Gaúcha, em Garibaldi (RS), pelo coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin. Representando os 800 viticultores presentes, Schiavenin, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, entregou o documento a Marcos Carlos Regelin, assessor de gabinete do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que foi convocado pela presidenta Dilma Rousseff e não pode estar presente na jornada. “O setor e os produtores estão trabalhando pela qualificação da uva e dos produtores derivados dela, sempre com o apoio do governo, mas precisamos avançar mais”, disse ele.
Entre os avanços conquistados no ano passado, Schiavenin destacou o Projeto de Assistência Técnica as Unidades Agrícolas Familiares (UAF), realizado pela Fecovinho (Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul). O relato do trabalho realizado foi feito pelo diretor-executivo da Fecovinho, Hélio Marchioro. Eles destacou a diminuição no uso de agrotóxicos e adubos químicos, melhora na correção do solo e no manejo e uma adesão significativa de viticultores às práticas ecológicas como os principais resultados do projeto. Foram investidos R$ 700 mil no projeto de assistência técnica a 600 propriedades vitícolas da Serra Gaúcha, beneficiando mais de 1.000 produtores de uva. Os recursos vieram do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Caixa Econômica Federal, com mais R$ 77 mil de contrapartida da Fecovinho.
Além de 3.000 visitas técnico-agronômicas realizadas, foram feitas mais 1.200 visitas de Gestão Rural, que contribuíram para o conhecimento e domínio de novas tecnologias por parte dos viticultores. “Estamos muito satisfeitos com os resultados alcançados, o que nos permite buscar a renovação deste convênio, com o objetivo de aprimorar o assessoramento direto e sistemático os viticultores familiares”, disse Marchioro. “Um benefício extra foi verificar os jovens produtores estimulados com o aprendizado e as melhorias implementadas”, acrescentou o diretor-executivo da Fecovinho.
O secretário-adjunto da Agricultura, Claudio Fioreze, falou sobre as “Políticas Estaduais para a Vitivinicultura”. Marcos Botton, engenheiro agrônomo, entomologia e pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, discorreu sobre o uso responsável de agrotóxicos. O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, relatou os projetos e ações do Instituto em favor do setor vitivinícola brasileiro. Entre os temas discutidos, destaque para o projeto de legalização do vinho artesanal/caseiro, o planejamento tributário/Simples Nacional, o programa de modernização da vitivinicultura e a promoção dos vinhos brasileiros, por meio da democratização do consumo, via ações no Carnaval de 2012 e 2013. O processo de salvaguarda também esteve entre os temas debatidos pelo diretor-executivo do Ibravin.
Na parte da tarde, foram realizadas visitas técnicas na Cooperativa Vinícola Garibaldi, Cooperativa dos Produtores Ecológicos de Garibaldi (Coopeg) e na Vinícola Peterlongo e Chandon. Com o tema “Unir para despertar – avaliando o presente e projetando o futuro da viticultura”, a 13ª Jornada da Viticultura Gaúcha foi promovida pela Comissão Interestadual da Uva (CIU), Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Sindicato Rural dos Trabalhadores Rurais de Garibaldi, Prefeitura de Garibaldi e Cooperativa Vinícola Garibaldi. O apoio foi da Emater-RS e da Fetag-RS, entre outras entidades e instituições.
Produtores foram discutir o futuro do vinho Foto: Orestes de Andrade Jr. / Ibravin |
Nenhum comentário:
Postar um comentário