Material é uma iniciativa do Ibravin e da Secretaria
Estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), com apoio técnico
da Embrapa Uva e Vinho, e foi lançado, dia 9 de outubro, em Garibaldi (RS). Atentos aos cuidados
necessários com o ambiente e a saúde dos agricultores familiares e dos
consumidores, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Secretaria Estadual
do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) apresentam a cartilha "25
recomendações técnicas para o viticultor". O lançamento ocorreu , às
16h30min, durante o Encontro Regional de Vitivinicultura, no CTG Sentinela da
Serra (Parque da Fenachamp), em Garibaldi (RS).
Com 48 páginas, a cartilha foi elaborada pelos
engenheiros agrônomos da Embrapa Uva e Vinho Lucas Garrido e Marcos Botton e
traz dicas que orientam os produtores quanto ao uso de agrotóxicos, às formas
de preparo das caldas e ao volume e à dosagem, entre outros itens relacionados
ao manejo das videiras. Informações sobre a legislação brasileira,
especialmente quando ao Limite Máximo de Resíduos (LMR), também são
apresentadas.
O secretário da SDR, Tarcisio Minetto, ressalta que a
obra oferece informações para qualificar e orientar o viticultor. "Os técnicos
que elaboraram o material alertam para o uso de agrotóxicos somente em
quantidades tecnicamente recomendadas", diz Minetto. "A publicação e
a distribuição da cartilha cumprem uma das metas do convênio firmado entre SDR
e Ibravin para orientar os agricultores familiares e técnicos no manejo da
viticultura, orientando principalmente para o uso correto dos
agrotóxicos."
Para o diretor técnico do Ibravin, Leocir Bottega, a
iniciativa de elaborar o manual visa à busca pela qualificação cada vez maior
dos produtos vitivinícolas e a necessidade de reunir num único material as
principais práticas tecnicamente adequadas para o manejo fitossanitário dos
vinhedos. "Essa cartilha alerta para o uso racional dos agrotóxicos e a
consequente melhoria na qualidade dos vinhos, sucos e espumantes. São dicas que
podem evitar problemas quantos aos resíduos na uva e no produto final e que
trazem segurança tanto para o viticultor quanto para o consumidor",
acredita.
Entre as técnicas citadas pelo diretor estão a
necessidade de identificação de eventuais problemas e as formas de manejo
correto do vinhedo. O material traz ainda informações sobre o receituário
agronômico e produtos registrados e autorizados para a cultura da videira, além
da escolha dos produtos adequados e de equipamentos e utensílios corretos para
o emprego de agrotóxicos no cultivo da videira.
Um dos autores da cartilha, Lucas Garrido enfatiza os
cuidados que devem ser observados quanto ao momento certo da aplicação dos
agrotóxicos, sobre o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e da
importância da regulagem correta dos pulverizadores. "As informações estão
colocadas de uma forma simples e são sobre procedimentos do dia a dia dos
viticultores. O objetivo é profissionalizar a atividade do viticultor, racionalizar
o uso dos agrotóxicos e até mesmo diminuir os custos de produção, já que
pode-se evitar desperdício", informa.
O engenheiro agrônomo reforça que o material também
apresenta detalhes técnicos, com dicas para o preparo da calda e dose correta,
o intervalo entre as aplicações, os fatores ambientais, a resistência de fungos
e pragas e as tecnologias disponíveis para aplicação dos agrotóxicos. O manual
inclui, ainda, informações sobre os períodos de carência e de acesso aos
parreirais após a aplicação, informações sobre caderneta de campo, as formas
corretas de armazenagem dos agrotóxicos na propriedade e prazo de validade,
exposição e riscos relacionados à aplicação e à destinação das embalagens
vazias.
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