sábado, 3 de outubro de 2015

Boa safra de cordeiros na região da fronteira

                                                 Cordeirinho Texel na Estância São José, de Claudino Loro
                                                 Foto Danilo Ucha/JN


Estou retornando da região da fronteira Brasil-Uruguai, onde se concentram os maiores rebanhos ovinos do Rio Grande do Sul, e posso dizer que a próxima safra de cordeiro, que lá começa nos meses de novembro e dezembro, será muito boa. O final do inverno, quando eles começam a nascer, foi ameno, e as chuvas de primavera, apesar de intensas, não castigaram muito os rebanhos.
O criador Claudino Loro, que teve mais de 2.000 nascimentos de cordeiros da raça Texel, está muito satisfeito e com grande expectativa sobre a comercialização. Já tem vários pedidos de reserva e espera conseguir bons preços.
Estive com os membros da recém fundada associação de ovinocultores de Santana do Livramento e eles também estão satisfeitos com a evolução da ovinocultura. Esta associação é uma iniciativa muito interessante, pois representa a união de todos os núcleos de ovinocultores em torno da defesa de objetivos comuns. Até então, os núcleos, um de cada raça criada na região,  trabalhavam de forma isolada e até se opondo uns aos outros, mas, agora, resolveram se unir, juntar forças e lutar pelas melhorias para a ovinocultura. Isso é muito importante para Santana do Livramento, município chamado de Terra da Ovelha, pois concentra o maior rebanho ovino do País – cerca de 500 mil cabeças – e o setor, depois de um período de crise iniciado nbos anos de 1960, com a crise internacional da lã, voltou a crescer. Naqueles tempos áureos, o município chegou a ter rebanho de 900 mil ovinos.

A nova associação está sendo liderada por David Fontoura Martins, Claudino Loro, Jair Menezes, Cláudio Arteche, Marcelo Fontoura Guerra, Luiz Cláudio Andrade, presidente do Sindicato Rural de Livramento,  eJorge Daniel Guerra. A idéia é promover grandes ações em conjunto para agilizar a ovinocultura local, como feiras, leilões, venda conjunta de lã e de carne, aumentando o poder de barganha dos produtores.

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