Cordeirinho Texel na Estância São José, de Claudino Loro
Foto Danilo Ucha/JN
Estou retornando da região da fronteira
Brasil-Uruguai, onde se concentram os maiores rebanhos ovinos do Rio Grande do
Sul, e posso dizer que a próxima safra de cordeiro, que lá começa nos meses de
novembro e dezembro, será muito boa. O final do inverno, quando eles começam a
nascer, foi ameno, e as chuvas de primavera, apesar de intensas, não castigaram
muito os rebanhos.
O criador Claudino Loro, que
teve mais de 2.000 nascimentos de cordeiros da raça Texel, está muito
satisfeito e com grande expectativa sobre a comercialização. Já tem vários
pedidos de reserva e espera conseguir bons preços.
Estive com os membros da recém
fundada associação de ovinocultores de Santana do Livramento e eles também
estão satisfeitos com a evolução da ovinocultura. Esta associação é uma
iniciativa muito interessante, pois representa a união de todos os núcleos de ovinocultores
em torno da defesa de objetivos comuns. Até então, os núcleos, um de cada raça
criada na região, trabalhavam de forma
isolada e até se opondo uns aos outros, mas, agora, resolveram se unir, juntar
forças e lutar pelas melhorias para a ovinocultura. Isso é muito importante
para Santana do Livramento, município chamado de Terra da Ovelha, pois
concentra o maior rebanho ovino do País – cerca de 500 mil cabeças – e o setor,
depois de um período de crise iniciado nbos anos de 1960, com a crise
internacional da lã, voltou a crescer. Naqueles tempos áureos, o município
chegou a ter rebanho de 900 mil ovinos.
A nova associação está sendo
liderada por David Fontoura Martins, Claudino Loro, Jair Menezes, Cláudio Arteche,
Marcelo Fontoura Guerra, Luiz Cláudio Andrade, presidente do Sindicato Rural de
Livramento, eJorge Daniel Guerra. A idéia
é promover grandes ações em conjunto para agilizar a ovinocultura local, como
feiras, leilões, venda conjunta de lã e de carne, aumentando o poder de
barganha dos produtores.
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