Na primeira
quinzena de outubro, vinícolas do Vale dos Vinhedos deram o primeiro passo para
a obtenção da Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (DOVV) – Safra
2014. Agora, a coleta de amostras que futuramente serão degustadas no
Laboratório de Análise Sensorial da Embrapa Uva e Vinho, que ocorreu nos dias
21 e 22, foi finalizada, englobando vinte amostras das dez vinícolas
inscritas no processo.
Entre vinhos
brancos, tintos e espumantes, 200 mil litros da produção de dez vinícolas foram
coletados em um processo minucioso: o consultor técnico coletou diretamente nos
locais onde os vinhos estão armazenados. As amostras foram lacradas e
identificadas com códigos e rotulagens especiais para logo após serem
encaminhadas às análises físico-quimicas e sensoriais. O controle
físico-químico é fundamental para atestar que nenhuma alteração tenha sido
feita nas produções que estão sendo avaliadas. Já a avaliação dos aspectos
sensoriais garante que o vinho que chegará à mesa do consumidor com o selo da
DOVV seja, além de um produto de qualidade elevada, uma bebida elaborada para
envolver visão, olfato e paladar de quem a degusta.
Serão quatro
amostras de espumantes, seis de vinho branco e dez amostras de vinho tinto a
serem coletadas. A análise sensorial ocorre nos dias 30 e 31 de outubro, no
laboratório de analise Sensorial da Embrapa Uva e Vinho, e será conduzida por
um comitê de degustação composto por 17
profissionais do vinho. Para esse momento, segundo o consultor
técnico Jaime Milan, “a expectativa é de que os resultados da
avaliação sensorial acompanhem os resultados obtidos pela Avaliação Nacional de
Vinhos”, que ocorreu no dia 27 de setembro e elencou as 16 amostras mais
representativas da Safra.
O Vale dos
Vinhedos é pioneiro da certificação de Denominação de Origem de Vinhos do
Brasil, estampando a identidade e a qualidade dos vinhos elaborados no roteiro
para o restante do mundo. A DO foi conquistada em setembro de 2012.
Para
estar dentro das normas, as vinícolas devem elaborar vinhos finos, como tintos,
brancos e espumantes, com requisitos específicos, detalhados pela Aprovale e
seus parceiros, através do Conselho Regulador da Indicação Geográfica. As
regras dizem respeito à aspectos como a produtividade máxima de uvas que
poderão ser cultivadas pelos vinhedos, dos tipos de uvas e a forma como elas
devem ser processadas na elaboração das bebidas.
Para
obtenção da D.O.V.V. são permitidas as uvas tintas: Merlot, Cabernet Sauvignon,
Cabernet Franc, Tannat e Pinot Noir. Brancas: Chardonnay e Riesling Itálico.
Vinhos elaborados com a D.O.: varietal Merlot e o assemblage com 60% de Merlot
+ Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Tannat. Brancos: varietal
Chardonnay e o assemblage com 60% Chardonnay + Riesling Itálico. Espumantes:
base mínima de 60% Chardonnay e/ou Pinot Noir, complementada com Riesling
Itálico.
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