Reunião com Mapa foi
realizada na sede do Ibravin, em Bento Gonçalves
Foto: Cassiano
Farina/Ibravin
A universalização
do Cadastro Vitivinícola, a regulamentação de pontos que constam no Decreto do
Vinho e ajustes da legislação sobre a produção de vinho artesanal foram alguns
dos assuntos tratados na reunião de sexta-feira , dia 26 de setembro, entre representante do setor e dirigentes do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No encontro, também
foram debatidas as regras para a regulamentação do suco de uva artesanal (de
panela, feito pelo método de arraste a vapor) e a necessidade de ajustes na lei
que permitem ao agricultor familiar comercializar os vinhos elaborados na
propriedade.
A reunião foi
realizada com o objetivo de colher sugestões do setor para a série de
audiências públicas que serão feitas a partir da próxima semana para consolidar
as alterações e complementos ao Decreto do Vinho. Entre as mudanças, está a
especificação de obrigatoriedades para o uso de termos qualitativos como
Reservado, Reserva e Gran Reserva. Uma das sugestões é de que para usar os
termos é necessário que os vinhos sejam elaborados sem chaptalização (adição de
açúcar para correção de grau alcóolico). E, de forma mais específica, para
serem denominados Reserva e Gran Reserva, há o entendimento de que devam ter
pelo menos 12 meses de envelhecimento e, no segundo caso, passar por barrica de
carvalho.
O coordenador
Geral de Vinhos e Bebidas do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Mapa, Hélder Moreira
Borges, avaliou que os apontamentos dos dirigentes do setor são importantes por
conhecerem as demandas do segmento. "As portas do Ministério estão sempre
abertas e este diálogo é fundamental para consolidar as alterações no Decreto,
as ações de fiscalização para garantir a qualidade dos produtos e sugestões
para o avanço de toda a cadeia produtora", garantiu.
Representando
o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o presidente do Conselho
Deliberativo, Moacir Mazzarollo, considerou positivo o encontro e reforçou a necessidade
de ajustar a legislação que permite aos agricultores familiares comercializarem
o vinho elaborado na propriedade sem necessidade de CNPJ. "Muitas famílias
produzem o vinho colonial e é urgente que o governo tenha este entendimento de
que é possível que ele venda com o talão do produtor", disse.
Borges e o chefe
de Divisão da SDA, Carlos Alberto Magalhães, estiveram na região da Serra
Gaúcha para a 22ª Avaliação Nacional de Vinhos, no sábado (27). Na quinta-feira
(25), os dirigentes fizeram reunião preparatória da comitiva brasileira que
participará da Assembleia Geral e Congresso da Organização Internacional da
Vinha e do Vinho (OIV) que ocorre em novembro, na Argentina.
Além de Borges e
Mazzarollo, estiveram presentes na reunião os diretores executivo e técnico do
Ibravin, Carlos Paviani e Leocir Bottega, respectivamente; o chefe de Divisão
da SDA Carlos Alberto Magalhães; a diretora-geral do Laboratório de Referência
Enológica (Laren), Regina Vanderlinde; Gabriel Carissimi, representando a Federação
das Cooperativas Vinícolas do RS (Fecovinho); o presidente da Associação
Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin),
Tiago Tonini; Daniel Basile como representante da União Brasileira de
Vitivinicultura (Uvibra); Renato Formolo e Denis Debiasi, representando os
sindicatos de trabalhadores rurais e Darci Dani e Rogério Beltrame pela
Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi).
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