A proposta
de regulamentação para o suco de uva de panela foi encaminhada por
representantes do setor vitivinícola e do Governo do Estado do Rio Grande do
Sul ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller,
durante a Expointer. O documento solicita que sejam definidas as regras para
produção e comercialização da bebida produzida pelo método de arraste a vapor,
além de propor que o suco resultante deste processo se denomine
“artesanal”.
O diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani,
e o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul
(Seapa), Claudio Fioreze, explicaram ao ministro a necessidade de
regulamentação para garantir a permanência no mercado de mais de uma centena de
agroindústrias familiares e pequenos produtores que usam a técnica no Rio
Grande do Sul.
“Há cerca de
três anos, o ministério determinou o cancelamento dos registros de elaboradores
de suco de panela por estarem registrados como suco integral, o que não
poderia, porque o suco de panela incorpora água, por meio do vapor usado para
extrair o suco. Seria injusto se os registros fossem cancelados depois de todo
esse tempo”, lembra
Paviani.
Conforme o diretor-executivo, naquela época, o Ibravin solicitou ao Mapa um prazo para que os produtores continuassem com o registro enquanto era feita uma pesquisa para avaliar as características do suco. O estudo foi elaborado por um grupo formado por Ibravin, Seapa, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Embrapa Uva e Vinho, Laboratório de Referência Enológica (Laren), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Centro Ecológico de Ipê.
Conforme o diretor-executivo, naquela época, o Ibravin solicitou ao Mapa um prazo para que os produtores continuassem com o registro enquanto era feita uma pesquisa para avaliar as características do suco. O estudo foi elaborado por um grupo formado por Ibravin, Seapa, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Embrapa Uva e Vinho, Laboratório de Referência Enológica (Laren), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Centro Ecológico de Ipê.
“A
pesquisa concluiu que o suco de panela incorpora até 16% de água e, portanto,
não poderia ser chamado de integral. A proposta é que haja a regulamentação e que
esse tipo de suco seja chamado de “artesanal”, porque tem mais suco de fruta do
que o néctar, mas não tem 100%, como o integral”, explica Paviani. Atualmente,
os néctares precisam conter, no mínimo, 30% de suco. O percentual passará para
40% a partir de janeiro de 2015 e para 50% a partir de janeiro de 2016.
De acordo com o documento entregue ao ministro, a nomenclatura “artesanal” seria permitida apenas a quem se enquadrasse no perfil de agricultor familiar: não possuir área maior do que quatro módulos fiscais, utilizar predominantemente mão de obra da própria família e ter percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento. O estudo indica ainda os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQs) que um suco artesanal pode conter, como percentual de açúcar e acidez, entre outros.
O secretário da Agricultura, Claudio Fioreze, salientou a importância da criação do padrão de identidade e qualidade para o suco de uva artesanal. “Essa proposta de regulamentação representa um grande avanço para as famílias que dele obtêm importante fatia de sua renda familiar”.
Segundo Paviani, o ministro adiantou que delegará à sua equipe técnica para que encaminhe a publicação de uma instrução normativa para realizar uma consulta pública sobre o tema. “A recepção foi positiva por parte do ministro. O que buscamos é que haja uma consulta pública para conhecermos outras ideias e propostas para a regulamentação deste produto que é muito importante para o setor vitivinícola e para as famílias e agroindústrias que o elaboram”, conclui.
De acordo com o documento entregue ao ministro, a nomenclatura “artesanal” seria permitida apenas a quem se enquadrasse no perfil de agricultor familiar: não possuir área maior do que quatro módulos fiscais, utilizar predominantemente mão de obra da própria família e ter percentual mínimo da renda familiar originada de atividades econômicas do seu estabelecimento. O estudo indica ainda os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQs) que um suco artesanal pode conter, como percentual de açúcar e acidez, entre outros.
O secretário da Agricultura, Claudio Fioreze, salientou a importância da criação do padrão de identidade e qualidade para o suco de uva artesanal. “Essa proposta de regulamentação representa um grande avanço para as famílias que dele obtêm importante fatia de sua renda familiar”.
Segundo Paviani, o ministro adiantou que delegará à sua equipe técnica para que encaminhe a publicação de uma instrução normativa para realizar uma consulta pública sobre o tema. “A recepção foi positiva por parte do ministro. O que buscamos é que haja uma consulta pública para conhecermos outras ideias e propostas para a regulamentação deste produto que é muito importante para o setor vitivinícola e para as famílias e agroindústrias que o elaboram”, conclui.
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