O Rio Wine and Food Festival, evento para os amantes de
vinho e gastronomia, chegou ao fim, dia 21 de setembro,depois de uma semana de
muitas atividades. Durante os sete dias do festival, realizado entre 15 e 21 de
setembro, milhares de pessoas foram
mobilizadas no Rio de Janeiro. Só a Feira Show, grande novidade de 2014, reuniu
em um único dia 1.100 pessoas, 34 expositores e cerca de 500 rótulos de vinhos
nacionais e estrangeiros. A semana, pioneira no Brasil, encerrou sua segunda
edição com um Leilão Beneficente de Vinhos, no hotel Fasano, onde foram
arrecadados R$ 65 mil reais.
"Ver uma cidade do porte do Rio de Janeiro
vivenciando e curtindo o nosso festival nos enche de alegria, foram diversas
ações, começando num ícone carioca, o Copacabana Palace e terminando no não
menos badalado hotel Fasano, desta vez numa ação beneficente, pois não vemos
uma atividade como está sem a parte social. Mas o melhor foi ver a diversidade
de ações e públicos impactados, foram dois dias de seminário na FGV, subimos o
morro, circulamos pela cidade com o Wine Bus, convidando a população e turistas
a provarem os vinhos do Brasil. Tive o prazer de ver gente degustando pela
primeira vez e surpresa com o preço de alguns vinhos", diz Sergio Queiroz,
produtor e idealizador do evento, ao lado de Marcelo Copello.
A abertura no hotel Copacabana Palace, reuniu 220
convidados, na ocasião foi anunciado o melhor Sommelier do Ano. Thiago Roberto
subiu ao palco do Golden Room para receber o prêmio das mãos de Nuno Belo,
Cônsul Geral de Portugal e de Ricardo Farias, Presidente da ABS Rio. A acirrada
competição foi realizada em parceria com a ABS Rio. Também foram anunciados os
vencedores do Troféu Vinha Velha, a "Personalidade do Vinho no Brasil em
2014" coube a Carlos Cabral, consultor do grupo Pão de Açúcar e muitos
anos dedicados ao mercado do vinho. Como "Produtor Brasileiro",
Adriano Miolo; e como "Revelação MundoVinis", o enólogo e dirigente
do Ibravin, Dirceu Scottá. Numa ação inédita, pela primeira vez na história os
chefs do hotel trabalharam juntos, cada um assinando um dos pratos do menu,
para proporcionar uma noite enogastronomica inesquecível aos convidados.
O seminário Vinho & Mercado, realizado nos dias 16 e
17, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com apoio do Instituto
Brasileiro do Vinho (Ibravin) e da Associação Portuguesa de Cortiça (Apcor),
contou com palestras e debates ricos em conteúdo, deixando o público
entusiasmado com a ação. Um ponto foi comum nas palestras, a necessidade de
tornar mais simples a comunicação do vinho, tornando a bebida de Baco mais
acessível à todos. Os principais nomes do mercado produtor e importador
debateram temas como marketing, vendas, tributação e e-commerce, na sede da
instituição, em Botafogo. Entre os palestrantes, Susana Balbo, atual presidente
da associação Wines of Argentina, Márcio Milan, vice-presidente da Associação
Brasileira de Supermercados (Abras), Diego Bertolini, do Ibravin, Adriano
Miolo, presidente do grupo Miolo, e Rogério Salume, presidente do Wine.com.br,
um dos maiores sites de venda de vinhos no mundo. Estes foram apenas alguns
entre os 12 palestrantes dos dois dias do evento.
O Clube Naval Piraquê, na Lagoa, recebeu no dia 18/09 a
Feira Show, uma das grandes novidades na programação. Especialistas, amantes da
bebida e curiosos, se reuniram em uma área de 1.200 m², com palestras,
degustações, como a "Brasil de Guarda" e prova às cegas de espumantes
"Brasil x resto do Mundo", em que o Estrelas do Brasil foi o grande
vencedor. Os vinhos nacionais ganharam área exclusiva. Alguns dos melhores
produtores apresentaram suas novidades, como Aurora, Miolo, Salton, Casa
Valduga, Luis Argenta, Vila Francioni e Cave Geisse, apenas para citar alguns
dos participantes. A ação contou com apoio do Ibravin e da Secretaria de
Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul. A satisfação dos
expositores e público era facilmente percebida.
Durante a Feira Show, foi realizado o concurso de design
de garrafas e rótulos. O Quinta da Pedra Alvarinho conseguiu um feito
histórico, ficando em primeiro lugar nas duas categorias, sendo seguido por
Vila Francioni Mundo Exterior e Aurora Chardonnay Pinto Bandeira, no concurso
de design de rótulos; e Luiz Argenta Riesling e Luiz Argenta Jovem Rosé, no
design de garrafas.
O movimento “Rio Rolha Zero” não poderia faltar e este
ano contou com a adesão de mais de uma centena de estabelecimentos. Os clientes
não pagaram taxa de rolha ao levarem vinhos aos restaurantes parceiros durante
a semana do festival. Alguns estabelecimentos foram além, oferecendo promoções
e degustações, entre eles o Porcão. Outra ação inédita foi Rolha Viva,
iniciativa da organização do RWFF para a reciclagem de rolhas através da ONG
ADERE, que transformará o material em peças de artesanato. Esta ação contou com
o apoio da Apcor.
O cenário estonteante da cidade do Rio de Janeiro serviu
de fundo para o Wine Bus. O ônibus percorreu os principais pontos turístico
cariocas, convidando passageiros a uma viagem de sabores. A alternativa de
transporte coletivo e consciente ofereceu aos amantes do vinho, além do tour,
uma degustação gratuita de rótulos nacionais. A ação teve apoio da Fetranspor.
No sábado (20/09), uma das paradas do Wine Bus foi no CADEG, outro já consagrado
participante do festival, que este ano ofereceu um show de jazz e várias
degustações, como a de Vinhos Verdes de Portugal.
“O CADEG já é uma parada obrigatória e lá também vimos o
carinho dos lojistas e frequentadores com o RWFF e muitos restaurantes como os
banners do Rio Rolha Zero. Não dá para contar tudo, a semana foi simplesmente
sensacional",exalta Sergio Queiroz.
A semana agitada, ainda contou com jantares harmonizados,
degustações, incluindo provas de vinhos raros, promoções em lojas, bares,
restaurantes e supermercados. Destaque para a Degustação de Porto Raros, que
contou com vinhos de safras antigas como 1938 e 1941 e até do século XIX. O
Porto Jubileu, degustado nesta prova, é composto majoritariamente pela safra de
1867, a safra mais antiga existente em barricas. Em outra das provas especiais
da semana, a Degustação Triplice Exellence, apresentada pelo criador do grupo
O. Fournier, José Manuel Ortega, os convivas puderam testar vinhos das três
vinícolas da empresa, com sedes na Argentina, Chile e Espanha, incluindo
algumas das garrafas da adega pessoal do proprietário.
O RWFF não para por aí. No dia 2 de novembro, ainda como
parte da programação do festival, acontecerá a Grande Prova Vinhos do Brasil,
que será publicada no Anuário Vinhos do Brasil. O evento promete reunir na
cidade maravilhosa cerca de 1,5 mil garrafas de vinhos brasileiros avaliadas às
cegas por um grande júri.
Durante o RWFF, os rótulos brasileiros tiveram lugar de
destaque. A grande participação de expositores na Feira Show e no seminário
Vinho & Mercado, ambos apoiados pelo Ibravin, comprovam que o produto está
ganhando cada vez mais espaço. Vinhos brasileiros antigos, foram os
protagonistas da degustação Brasil de Guarda. Outros foram destaque no concurso
de design de garrafas e rótulos. Além disso, houve presença de marcas nacionais
em várias atividades do evento, desde o jantar de abertura, no Copacabana
Palace, até as garrafas servidas dentro do Wine Bus ou os servidos e leiloados
no hotel Fasano.
O Estrelas do Brasil Brut Champenoise, ealborado pelo meu
amigo Alejandro Cardozo, em parceria com o Irineo Dall´Agnol, na bela Faria
Lemos, na serra gaúcha, levou a melhor em uma prova às cegas surpreendente
entre espumantes nacionais contra de outros países, incluindo champanhe, cavas,
proseccos, argentinos e chilenos. Foram 26 "jurados", entre enólogos,
sommeliers e enófilos. Nomes como Adriano Miolo, diretor do grupo Miolo, Dirceu
Scottá, vice-presidente do Ibravin, Duda Zagari, importador carioca, João Carlos
Callas, importador de São Paulo, o enoviajante, Horácio de Barros, e Roberto
Rodrigues, diretor da ABS Rio e especialista em espumantes estavam presentes. O
rótulo produzido no sul do país foi escolhido quase que por unanimidade.
Já a degustação Brasil de Guarda, apresentou vinhos
brasileiros de 10 a 40 anos de idade. O objetivo era atestar que o Brasil tem
vinhos de qualidade e já com idade avançada, algo ainda desconhecido por grande
parte da população. "Provar vinhos brasileiros feitos nas décadas de 1970,
1980 e 1990, em perfeito estado é não apenas emocionante e didático, mas também
certeza de que nossos vinhos têm qualidade e potencial de envelhecimento"
comenta Marcelo Copello.
O encerramento do Rio Wine and Food Festival, foi no
hotel Fasano, com a realização do Leilão de Vinhos Beneficente. Um selecionado
grupo de 60 pessoas prestigiou a noite beneficente, em prol do Solar Meninos de
Luz, instituição filantrópica fundada por Iolanda Maltaroli e de Moraes Rego há
30 anos. Com 50 lotes leiloados, por Adilson Rachid, foram arrecadados R$ 65
mil reais.
Destaque para o Chateau Margaux 1989, de seis litros,
doado pelo marchand Jones Bergamin, o Peninha, e Marcelo Copello. A garrafa foi
arrematada por R$ 21 mil reais. Peninha, que não pode comparecer, ligou e
convenceu o comprador a lhe revender por R$ 27 mil reais. Todo o dinheiro foi
imediatamente revertido para o Solar Meninos de Luz.
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