Maurênio Stortti
Foto Valéria Loch
Muita
gente sonha em produzir seu próprio vinho. O Brasil acaba de aderir à onda dos
condomínios vitivinícolas. Em Garibaldi, o Terroir Vinhedos Exclusivos, é a
primeira experiência no gênero e terá como produto o espumante. O lançamento
conceitual foi realizado pela Lex Empreendimentos Imobiliários com assessoria
do Grupo M. Stortti Consultoria, na quinta-feira, dia 27 de março, às 10h, nas
dependências do Hotel Hilton Morumbi, em São Paulo. Depois, houve lançamento em Porto Alegre.
O
evento reuniu a grande mídia nacional e, sexta-feira, dia 28, o lançamento
foi realizado em Porto Alegre, para a
mídia do Rio Grande do Sul. O empreendimento de luxo, estará localizado no
coração do Vale dos Vinhedos, em território garibaldense, região reconhecida
internacionalmente como importante área para o plantio de uvas e produção de
espumantes. O investimento será de R$ 30 milhões.
O
Terroir Vinhedos Exclusivos ocupa um terreno de 284.029 metros quadrados,
próximo ao loteamento Alto das Videiras. Na primeira fase, serão vendidos 58
lotes de cerca de mil metros quadrados cada um, por R$ 450 mil. Além das
videiras, que começam a ser plantadas neste ano, e das caves e instalações
ligadas ao espumante, haverá um hotel boutique com 26 lofts, cuja bandeira está
em negociação. O espaço de lazer inclui sala de jogos, piscinas, quadras e uma
área de preservação ambiental de mais de 42 mil metros quadrados. A taxa
condominial, que contempla a produção das 600 garrafas anuais, será por volta
de R$ 30 mil ao ano.
Uma
comitiva de Garibaldi, formada pelo prefeito, Antonio Cettolin, secretária de
Turismo e Cultura, Ivane Fávero, presidente da Câmara de Vereadores, José
Bortolini, presidente da Apeme, Luciano Frubbel, presidente da CIC, César
Ongaratto acompanhou o lançamento do projeto.A secretária de Turismo e Cultura,
Ivane Fávero, reforçou que essa proposta inovadora posicionará Garibaldi como
um dos principais destinos do enoturismo no Brasil. “Essa experiência nova, já
conhecida em outros países, onde fizemos pesquisas e percebemos que essa era
uma tendência atual, tem muito mais que um valor no aspecto material, vai
auxiliar a posicionar Garibaldi como a capital do Espumante, onde se fazem os
melhores produtos e um dos principais destinos de enotutismo do Brasil”
finaliza.
O
prefeito Antonio Cettolin, comemora o lançamento do empreendimento e lembra a
preocupação do município, que sempre foi de fortalecer o espumante, que nasceu
aqui há 100 anos. “Este empreendimento, vem fortalecer ainda mais o produto.
Isso será um marco para Garibaldi, reforçará a imagem da nossa cidade, do nosso
produto e será importante economicamente, uma vez que tratá compradores de todo
o país que certamente movimentarão nosso comércio e empresas. Mais uma vez
parabenizamos a família Siviero por proporcionar esse momento diferente à
Garibaldi” explica o prefeito Cettolin.
A ideia
surgiu para confirmar Garibaldi como berço do espumante. "Tentamos
materializar essa busca de autoestima num projeto imobiliário", conta
Maurenio Stortti, diretor da empresa de consultoria, que chama a região de
"Toscana Brasileira", e conta atrair empresários do triângulo Rio/São
Paulo/Minas.
Como
costuma acontecer nesses empreendimentos, não apenas o enólogo se torna um
chamariz, a equipe de arquitetos também. No projeto brasileiro, toda a área
ligada ao vinho foi entregue ao escritório de arquitetura Bórmida y Yanzón, de
Mendoza, na Argentina. "Recorremos a estrangeiros, já que queríamos uma
solidez técnica e ainda não havia um projeto destes aqui", explica
Stortti.
A dupla
de arquitetos Mario Yanzón e Eliana Bórmida soma inúmeros projetos semelhantes
nos últimos anos e é referência em matéria de vinícolas. Na Argentina, eles
assinaram as Bodegas Salentein e Norton, e em Portugal, a Quinta do Seixo
Sogrape. Em 2010, pela Bodega Diamandes, ganharam o Great Wine Capitals como
melhor arquitetura e paisagismo do mundo.
A moda,
que já pegou em Portugal, Espanha, Argentina e outros países do Novo Mundo,
consiste em seduzir pessoas comuns a produzirem um produto para chamar de seu.
Para dar consistência ao projeto, o empreendimento gaúcho traz um nome de peso:
o engenheiro agrônomo e enólogo chileno Mario Geisse. Proprietário da Família
Geisse, em Pinto Bandeira, e enólogo da Casa Silva, no Chile, ele é uma figura
de destaque internacional. Para Mario Geisse, a experiência é instigante:
"Nunca participei de um projeto assim. Tenho toda a estrutura da minha
vinícola e 35 anos de conhecimento no assunto para compartilhar".
O
empreendimento brasileiro é um híbrido entre os que existem em outros países.
Aqui, não haverá videiras no quintal de cada um. O espaço reservado para o
plantio de uvas (das variedades chardonnay e pinot noir) é o mesmo para todos
os proprietários. A fermentação e parte da elaboração do espumante serão feitas
nas instalações da Família Geisse, de acordo com o método tradicional francês.
A fase final acontecerá nas caves do condomínio. Os proprietários terão direito
a 600 garrafas por ano e escolherão características fundamentais da bebida:
porcentagem de uvas, tempo de maturação, estilo (nature, brut, extra brut) e
rótulos. As primeiras garrafas devem estar prontas em cinco ou seis anos.
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