Variedade de azeitona para ser preparada para consumo à mesa
As azeitonas da Guarda Velha prontas para entrar no lagar
As terras da chamada Metade Sul do Rio Grande do Sul,
especialmente as de Pinheiro Machado, estão se mostrando ideal para o cultivo
de oliveiras. No século passado, houve uma tentativa neste sentido, mas
fracassou, por falta de tecnologia e de mudas adaptadas ao clima local. Agora,
graças a trabalhos da Embrapa e da Emater gaúcha, além de proprietários rurais
interessados em novas alternativas econômicas, a cultura está se espalhando por
dezenas de municípios.
O empresário paulista Luiz Eduardo Batalha, que resolvei
investir em oliveiras na Guarda Velha, onde cria gado Angus norte-americano,
ovinos compostos Highlander e cavalos crioulos, diz que o terroir é igual ao da
Toscana, na Itália, às árvores começam a produzir aos 3 anos e meio, quando na
Europa isso só acontece em 5 ou 7 anos. A produtividade é excelente, em torno
de 25 quilos/árvore. Ele já tem 130 hectares e pretende duplicar a área
plantada em um ano. Inclusive, está instalando um equipamento de irrigação,
trazido de Israel, e no qual os canos são enterrados a 30 cm no soloco, para
que as ovelhas Highlander, que pastam sob as oliveiras, não mastiguem os canos.
Com isso, há um aproveitamento total da terra, pois a água, já adubada, também
fortalece o pasto azevem e oferece comida abundante às ovelhas destinadas à
produção de carne.
Além do olival, Batalha instalou moderna indústria para produção
de azeite que vai esmagar as azeitonas de seu pomas e de outros produtores que
estiverem interessados e não podem, ou
não querem, fazer investimento em máquinas. As máquinas do lagar foram
importadas da Itália, da indústria Pieralisi, e funcionam automaticamente,
desde o recebimento, limpeza e lavagem das azeitonas, até a prensagem da massa
e do caroço para a extração do azeite, sem nenhum manuseio. O técnico só entra
na sala para conferir, num painel eletrônico, se tudo está funcionando
direitinho.
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