O primeiro azeite que saiu do lagar da Estância Guarda Velha foi
de Sant´Ana do Livramento , lá na fronteira com o Uruguai, porque Fernando
Rotondo, que lá montou um olival e um grande viveiro que fornece mudas para
quem quiser entrar no negócio, trouxe 3,5 toneladas de azeitonas para serem espremidas.
Provei o primeiro azeite de minha terra e não só por ser dela, digo que saiu
maravilhoso. Rotondo mandou elaborar os rótulos em Mendoza, na Argentina, e na
próxima edição da Sial pretende colocar no mercado seu azeite, com o nome de
Ouro de Sant´Ana.
O interesse pela cultura da oliveira cresceu tanto que, segundo
Rotondo, só está aceitando encomendas de mudas com prazo de um ano para
entrega. Sua plantadção oferece, atualmente, 20 mil mudas/ano e ele começou um
trabalho de triplicação, para ofertar 100 mil mudas/ano. A arbequina predomina,
mas ele tem outras variedades, inclusive a coratina.
Em Livramento mesmo, município até então dedicado mais à criação
de bovinos e ovinos – é a Terra da Ovelha – e que, nos últimos anos, começou a
desenvolver a vitivinicultura, com mais de cinco grandes vinícolas, já existem
cinco plantadores de oliveiras. A cidade tem oliveira até em sua área urba. No
estado, só entre 2012 e 2013, a área plantada cresceu 5% e já se aproxima dos
1200 hectares, transformando-se no maior produtor do Brasil. Com a indústria
instalada por Batalha na Guarda Velha, já são três as indústrias a produzir
azeite. As outras duas são em Cachoeira do Sul e Caçapava do Sul. Em 2015, será
inaugurada uma quarta. Também há projetos do Grupo Randon , em Vacaria, e do
Miolo Wine Group, em Candiota.
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