Marco da Guarda Velha, Tratado de Santo Ildefonso de 1777
O olival se estende pelas coxilhas
Fotos Danilo Ucha
Provei dois novos azeites gaúchos, na quarta-feira, dia
12 de março, na histórica Estância Guarda Velha, em Pinheiro Machado,
localizada bem sobre a linha imaginária do Tratado de Santo Ildefonso, que
separava as terra de Portugal e Espanha lá pelos idos de 1777. Foi o primeiro
azeite elaborado com azeitonas de minha terra natal, Sant´Ana do Livramento, e
o primeiro com azeitonas de Pinheiro Machado, cultivadas na Guarda Velha,
estância de Luiz Eduardo Batalha, que não só planta oliveiras, como inaugurou
moderno lagar, que espremerá o seu azeite e também os de outros produtores de
azeitonas.
Mais de cem pessoas, entre empresários rurais interessados em
entrar na cultura da oliveira, técnicos, degustadores nacionais e
internacionais, importadores e exportadores participaram da abertura da
colheita da azeitona safra 2014, na Estância Guarda Velha, em Pinheiro Machado,
na qual o secretário da agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando
Mainardi apresentou uma meta ambiciosa para o setor: alcançar, em 10 anos, 100
mil hectares de área plantada com oliveiras. Hoje, a cultura, que em sua nova
fase no estado tem menos de 10 anos, possui área plantada de 1.156 ha, o que
exigirá uma multiplicação por 100 para atender o prognóstico do secretário. Se
depender dos atuas produtores, que estavam em Pinheiro Machado, e da evolução
do consumo de azeitonas e azeites, no Brasil, a meta poderá ser alcançada até
antes de 10 anos. “Para atender o consumo de hoje, importamos 70 mil
toneladas/ano, e só para substituir isso exigiria que tivéssemos uma produção
de 50 mil hectares de oliveiras”, disse Mainardi.
Acrescentou que, diante do crescimento do poder aquisitivo do
brasileiro, está previsto o aumento do consumo de azeite de 150 ml/ano/per
capita para 300 ml/a/pc, “o que vai exigir 100 mil hectares produzindo azeitonas”.
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