Ao mesmo tempo em que o Instituto Brasileiro do Vinho
(Ibravin) lança uma nova campanha de promoção do vinho, especialmente no Rio
Grande do Sul, e este é um dos vários motivos da polêmica, nasce uma nova
discussão entre os produtores, principalmente os chamados “pequenos
produtores”, que dizem que o dinheiro deles, que constitui o chamado Fundovitis
vem sendo utilizado pelo Ibravin para beneficiar as grandes vinícolas, quando
não é simplesmente jogado fora em “campanhas inócuas”, como disseram ao jornal
Correio do Povo, de Porto Alegre, vitivinicultores de Bento Gonçalves e
Garibaldi, entre os quais Luiz Zanini, da Vallontano, e Adolfo Lona, da
Vinícola Lona. Zanini observa que o Ibravin já gastou muitos milhões e o
consumo de vinho per capita, no Pais, há 20 anos é de 1,9 litro por habitante.
Lona diz que “só se jogou dinheiro fora”. No relatório do Ibravin apresentado
quinta-feira, as vendas de vinho comum desabaram 13 milhões de litros, em
comparação com o ano de 2011; e as de vinhos de viníferas, cresceram menos de
800 mil litros. Em comparação com o produto importado, os chamados vinhos finos
brasileiros detem apenas 23,33% do mercado.
O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani, fez uma
pálida defesa do instituto, dizendo que “infelizmente, as pessoas nem sabem
direito o que está sendo feito e saem por aí falando...” e o presidente Dalle
Molle sequer quis responder. Disse, antes, que falaria em entrevista coletiva
marcada para quinta-feira, dia 21, na secretaria da Agricultura, em Porto
Alegre. Mas lá nem apareceu. O instituto apresentou uma nova campanha, que
custará R$ 1 milhão e será feita apenas no Rio Grande do Sul, que já é o estado
que mais consome vinhos no País, e os números do mercado, nos quais não se fala
em consumo per capita. Pavini anunciou
como trabalho do Ibravin em prol de todos, o fato de uma comissão ir a
Brasilia, na próxima semana, exigir a aprovação de alterações no estatuto da
micro empresa. Este é um trabalho do Sebrae e também do deputado Afonso Hamm,
que já anunciou as fortes possibilidades de aprovar o ingresso das vinícolas no
Simples Nacional, com as mudanças que serão introduzidas no Estatuto da Micro e Pequenab Empresa.
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