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Fraudes no azeite de oliva
Um tema recorrente nesta coluna é o do azeite
de oliva, não só porque o Rio Grande do Sul está desenvolvendo o plantio de
oliveiras que poderá transformá-lo num grande produtor de azeitonas e azeites,
mas, também, por duvidar da qualidade de muitos azeites importados colocados no
mercado brasileiro. A Proteste, Associação de Consumidores, mandou realizar
testes em 19 marcas de azeite extravirgem e constatou que quatro – Figueira da
Foz, Tradição, Quinta d´Aldeia e Vila Real – não podem nem ser considerados
azeites, e sim uma mistura de óleos refinados. Pesquisa semelhante, feita
no Uruguai, constatou que nenhum dos produtos examinados era azeite de oliva puro.
Aqui, menos da metade dos 19 examinados, apenas oito, apresentaram qualidade
extravirgem, um deles o gaúcho Olivas do Sul, seguido por Carrefour, Cardeal,
Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor e Qualitá. Os outros sete (Borges,
Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata) são apenas virgens.
Dos quatro testes que a entidade já realizou com azeites, este foi o com o
maior número de fraudes contra o consumidor. Na definição clássica, azeite
extravirgem não pode passar de 0,8% de acidez em ácido oleico e não ter nenhum
defeito (são vários) apontado pelo Conselho Oleícula Internacional. O chamado
virgem tem acidez máxima de 2%. A Proteste diz ter procurado os produtores,
para explicações e defesa, mas não foi atendida. O Ministério da Agricultura e
a Anvisa, responsáveis pela fiscalização, devem se manifestar.
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