Leiam a carta do diretor executivo do Ibravin, Carlos
Paviani, tentando contestar a reportagem de Marcos Graciani na revista Amanhã:
Não há discórdia
Tenho certeza de que a
matéria reportagem “Barricas da discórdia” (edição
299, de outubro de
2013) contribui para a
discussão de temas importantes para avitivinicultura. Entretanto, não concordo
com alguns aspectos da abordagem damatéria. Ela analisa apenas seis meses – de
um total de quatro anos – e conclui que o acordo fechado entre o setor
vitivinícola, os varejistas e os importadores não deu certo. Se a análise fosse
feita observando os dados do mês de setembro, a conclusão já seria outra. Nos
primeiros nove meses do ano, a comercialização dos vinhos finos cresceu 7,3%,
enquanto as importações caíram 7,4%. Outra simplifi cação é o fato de que, ao
falar do setor vitivinícola, estamos nos referindo a pelo menos quatro ou cinco
diferentes segmentos de um mesmo setor: o de vinhos fi nos, o de espumantes, os
produtores de vinhos de mesa, de suco de uva
integral, de suco de uva
concentrado e os demais produtos derivados da uva e do vinho – como vinagres, coolers, vermutes e outros. Cada um desses segmentos
tem lógicas de produção e de mercado próprias. É importante compreender que as
estratégias de promoção e marketing – decididas sempre de forma coletiva com as
entidades que compõem o Ibravin e debatidas por um Comitê de Mercado – buscam
criar um ambiente favorável à cadeia produtiva, visando a apoiar o maior número
possível de integrantes do setor. Entretanto, em um setor tão diverso e dinâmico,
o alinhamento de ideias ocorre através da discussão de gargalos e das
dificuldades para a
projeção do interesse comum. Como em qualquer outro setor produtivo, a
unanimidade nunca será atingida e, discordar de ideias e ações não significa
que haja “discórdia”.
Carlos Paviani
Diretor executivo
do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin)
Bento Gonçalves
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