As vinícola
gaúcha Miolo acertou uma parceria com a
importadora Ikemitsu para distribuição de vinhos no mercado japonês a partir do
mês de dezembro. Neste primeiro pedido, a Miolo Wine Group (MWG)
exportará seus rótulos Miolo Cuvée Tradition Brut, Reserva Pinot Noir,
Reserva Sauvignon Blanc, Seleção Pinot Grigio/Riesling e Seleção
Cabernet/Merlot.
Representantes
da importadora japonesa estiveram em Bento Gonçalves/RS no mês de junho
deste ano para conhecer as operações e sede da vinícola no Rio Grande
do Sul. Segundo Francine Harumi, gerente de exportação
da trade Suriana – responsável pela negociação – “os eventos esportivos como a Copa do Mundo
de 2014 e a Olimpíada de 2016 estão despertando o interesse dos consumidores
japoneses pelos produtos feitos no Brasil”. Os vinhos da Miolo serão vendidos
para restaurantes, bares e casas noturnas.
O negócio
inédito com a importadora japonesa marca mais um importante passo do vinho
brasileiro no mercado asiático de bebidas. “Essa negociação foi pensada e
planejada para ser duradoura, tendo em vista a presença cada vez mais constante
dos rótulos da Miolo no Japão. Esse certamente será o primeiro pedido de muitos
junto à Ikemitsu”, afirma Morgana Miolo, gerente de Exportação da MWG. A
empresa exporta para o país desde 2010, com seus rótulos podendo ser
encontrados em grandes redes de varejo. A Miolo deve fechar o ano com cerca de
50 mil garrafas exportadas para o Japão.
Diretora
estratégica da Suriana, Ângela Hirata destaca a parceria com a importadora japonesa:
“o propósito da Ikemitsu é criar a categoria “Vinhos do Brasil”,
distribuindo marcas já consagradas em nosso mercado. Vejo esta iniciativa
como algo muito importante para gerar maior visibilidade aos vinhos e marcas
brasileiras, pois poderemos iniciar a conquista de um mercado de grande
consumo, sabendo que a concorrência é acirrada, visto que a oferta é maior que
a demanda. Mas os vinhos brasileiros têm sido trabalhados com a atenção
que merecem”. De acordo com a diretora, importantes departament stores de
luxo do Japão, como Mitsukoshi e Isetan, querem reservar espaço para
os vinhos do Brasil, incluindo-os em seus disputados espaços de venda, além de
inseri-los nas cartas de seus restaurantes.
O Instituto
Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Apex-Brasil, que têm parceria no projeto
Wines of Brasil e foram os responsáveis pela vinda da Ikemitsu ao país neste
ano, enxergam com bons olhos a negociação. “Essa exportação tem grande
significado, pois é o reconhecimento da qualidade do vinho brasileiro para um
mercado exigente e sofisticado como o japonês”, afirma Ricardo Santana, diretor
de negócios da Apex-Brasil. “Tenho a convicção de que a relação entre o vinho
brasileiro, a Ikemitsu e o mercado japonês está apenas no começo e se expandirá
de forma consistente e satisfatória”, completa.
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