segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Reuniões no BID e no Grupo Mundial de Comércio do Vinho consolidam representação internacional brasileira


Participação do Ibravin em agendas nos Estados Unidos visa a construção de relacionamentos e estratégias coletivas de atuação de países produtores em mercados em expansão. Para potencializar o comércio de vinhos no mercado global e, em especial, expandir a venda de produtos vitivinícolas brasileiros, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) esteve representado em duas agendas em Washington, Estados Unidos, na última semana. A implantação de estratégia de promoção dos vinhos brasileiros, uruguaios e argentinos em mercados de outros continentes foi tema de reunião na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os três países, em conjunto com a Bolívia, estão desenvolvendo o Plano Estratégico Vitivinícola Regional (Pevir), e buscam o apoio da instituição financeira. O grupo também conheceu o programa FONTAGRO, que destina recursos para projetos elaborados em conjunto por um mínimo de dois países para apoio de atividades específicas da agricultura familiar.
O diretor executivo do Ibravin, Carlos R. Paviani, também participou de reunião do Grupo Mundial de Comércio de Vinho (GMCV). Mesmo não sendo ainda membro efetivo, o Brasil foi convidado para debater temas como implantação de um plano estratégico que amplia e facilita o comércio mundial de vinho e a harmonização dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) utilizados no cultivo da videira provenientes dos agroquímicos. O GMCV também definiu regras de rotulagem, estabelecendo critérios mínimos de informações para que o mesmo rótulo possa servir para vários países, sem necessidade de ajustes. “A troca de informações sobre regras de importação, aplicação de tarifas, estabelecimento de taxas, emissão de certificados é bastante aberta entre os países do GMCV. Diferente da OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho), onde os membros participantes são denominados pelos governos, o GMCV reúne em paralelo, os membros dos governos e das associações privadas”, observou o executivo do Ibravin. 
Para Paviani, a futura participação do Brasil como membro efetivo facilitará o acesso a novos mercados. Segundo o dirigente, o grupo que é formado por nove países – Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Geórgia, Japão, Estados Unidos, África do Sul e Nova Zelândia –, está focado em construir relações positivas com os países asiáticos, que apresentam grande potencial de crescimento do consumo de vinho. Paviani lembra que a participação de países asiáticos no grupo de observadores reforça ainda mais a perspectiva de ampliação de venda para o continente, já que não são grandes produtores da bebida. “O grupo pretende fortalecer o desenvolvimento de novos mercados de vinho, com regras mais simples e objetivas em relação às da União Europeia, que busca valorizar os vinhos das IGs da Europa”, explica.   

O Grupo Mundial de Comércio de Vinho (GMCV) é um agrupamento informal de países produtores de vinho no Novo Mundo. Além dos membros efetivos, outros países participam como observadores. Além do Brasil, México, China, Taipei, Índia, Tailândia, Vietnã e Uruguai participaram da última reunião. O grupo reúne representantes da indústria e dos governos para trabalhar de forma conjunta e facilitar o comércio internacional de vinhos. Os temas que são tratados pelo grupo incluem propriedade intelectual, com Indicações Geográficas (IGs), práticas enológicas, questões fiscais, mercados internacionais, controle e certificação da composição de vinhos e subsídios governamentais. “Por isso é importante a nossa participação neste grupo, já que a troca de informações sobre regras de importação, aplicação de tarifas de importação, estabelecimento de taxas, emissão de certificados é bastante aberta entre os países”, justifica Paviani.

Nenhum comentário: