Participação do
Ibravin em agendas nos Estados Unidos visa a construção de relacionamentos e
estratégias coletivas de atuação de países produtores em mercados em expansão. Para
potencializar o comércio de vinhos no mercado global e, em especial, expandir a
venda de produtos vitivinícolas brasileiros, o Instituto Brasileiro do Vinho
(Ibravin) esteve representado em duas agendas em Washington, Estados Unidos, na
última semana. A implantação de estratégia de promoção dos vinhos brasileiros,
uruguaios e argentinos em mercados de outros continentes foi tema de reunião na
sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os três países, em
conjunto com a Bolívia, estão desenvolvendo o Plano Estratégico Vitivinícola
Regional (Pevir), e buscam o apoio da instituição financeira. O grupo também
conheceu o programa FONTAGRO, que destina recursos para projetos elaborados em
conjunto por um mínimo de dois países para apoio de atividades específicas da
agricultura familiar.
O diretor
executivo do Ibravin, Carlos R. Paviani, também participou de reunião do Grupo
Mundial de Comércio de Vinho (GMCV). Mesmo não sendo ainda membro efetivo, o
Brasil foi convidado para debater temas como implantação de um plano estratégico
que amplia e facilita o comércio mundial de vinho e a harmonização dos Limites
Máximos de Resíduos (LMR) utilizados no cultivo da videira provenientes dos
agroquímicos. O GMCV também definiu regras de rotulagem, estabelecendo
critérios mínimos de informações para que o mesmo rótulo possa servir para
vários países, sem necessidade de ajustes. “A troca de informações sobre regras
de importação, aplicação de tarifas, estabelecimento de
taxas, emissão de certificados é bastante aberta entre os países do GMCV.
Diferente da OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho), onde os
membros participantes são denominados pelos governos, o GMCV reúne em paralelo,
os membros dos governos e das associações privadas”, observou o executivo do
Ibravin.
Para Paviani, a
futura participação do Brasil como membro efetivo facilitará o acesso a novos
mercados. Segundo o dirigente, o grupo que é formado por nove países –
Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Geórgia, Japão, Estados Unidos, África do
Sul e Nova Zelândia –, está focado em construir relações positivas com os
países asiáticos, que apresentam grande potencial de crescimento do consumo de
vinho. Paviani lembra que a participação de países asiáticos no grupo de
observadores reforça ainda mais a perspectiva de ampliação de venda para o
continente, já que não são grandes produtores da bebida. “O grupo pretende
fortalecer o desenvolvimento de novos mercados de vinho, com regras mais
simples e objetivas em relação às da União Europeia, que busca valorizar os
vinhos das IGs da Europa”, explica.
O Grupo Mundial
de Comércio de Vinho (GMCV) é um agrupamento informal de países produtores de
vinho no Novo Mundo. Além dos membros efetivos, outros países participam como
observadores. Além do Brasil, México, China, Taipei, Índia, Tailândia, Vietnã e
Uruguai participaram da última reunião. O grupo reúne representantes da
indústria e dos governos para trabalhar de forma conjunta e facilitar o
comércio internacional de vinhos. Os temas que são tratados pelo grupo incluem
propriedade intelectual, com Indicações Geográficas (IGs), práticas enológicas,
questões fiscais, mercados internacionais, controle e certificação da
composição de vinhos e subsídios governamentais. “Por isso é importante a nossa
participação neste grupo, já que a troca de informações sobre regras de
importação, aplicação de tarifas de importação, estabelecimento de taxas,
emissão de certificados é bastante aberta entre os países”, justifica Paviani.
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