Antes do almoço, ainda na adega, bebendo o espumante de quatro anos, entusiasmado, Juarez Valduga até contou a história porque anda sempre com um chapéu de palha, usado pelos colonos, garantindo que só o tira da cabeça na missa e para saudar pessoas. Anualmente, ele faz uma homenagem ao chapéu e distribui milhares de exemplares aos visitantes.
Disse que quando jovem, pobre colono, aos 24 anos, foi mandado pela mãe à cidade de Bento Gonçalves, a seis quilômetros, fazer compras. O sol estava muito forte e ele foi de chapéu. Quando chegou no banco, para sacar o dinheiro para as compras, obrigaram-no a tirar o chapéu para poder entrar. Ele relutou e o guarda do banco chamou-o de “colono” e disse que só entraria sem chapéu. Ele tirou o chapéu e pegou o dinheiro.
No supermercado, a mesma história. Primeiro, olharam-no de lado e perguntaram se tinha dinheiro para fazer compras. Ele até mostrou as notas. Mas só deixaram-no entrar se tirasse o chapéu. Ele voltou para casa com as compras, mas cabisbaixo, pensando naquela implicância com seu chapéu. Aí, jurou que iriaa ganhar dinheiro e nunca mais ser obrigado a tirar o chapéu. É o que faz até hoje.
A história vai até aí. A lenda vai mais longe. Dizem que, depois do sucesso com a vitivinicultura e com o enoturismo, do qual é um dos pioneiros na serra gaúcha, comprou o banco e o supermerecado...
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