Nesta viagem ao Uruguai, encontrei, na Parada Daymán, no Km 468,500 da Ruta 3, uma bodega que produz vinhos muito interessantes. É a Bertolini & Broglio, com pequena produção, de cinco mil litros por safra, mas feita com extremos cuidados de qualidade. Entre os tintos de Don Luiz Bertolini e Juan Pedro Broglio, estão tannats, merlots, cabernets sauvignons, carmenères e syrahs, cujas videiras, guiadas em espaldeira alta, dão origens a cachos de execlente maturação, com elevada concentração de pigmentos fenólicos, intenso sabor de fruta, taninos bem maduros e acidez equilibrada, o que se sente perfeitamente nos vinhos. Provei um tannat e um merlot, um pouco jovens, sem dúvida, mas excelentes promessas.
Nas variedades brancas, Bertolini e Broglio se destacam em sauvignon blanc, viogner e gewürztraminer, conduzidas em ramada, lenta maturação, que gera vinhos com equlibrada e agarda´vel acidez, alta concentração de compostos aromáticos e expressão plena do sabor varietal característico. Os vinhos são 100% varietais.
O tannat que provei, apesar de estar anoitecendo e a prova foi feita ao ar livre, diante da cantina, era vermelho intenso, púrpura com tonalidades violetas, lágrimas densas; no nariz, intenso, complexo, aroma de frutas vermelhas com uma frescura que lembrou a hortelã; na boca, forte mas agradável, grande concentração de frutas maduras, passas de ameixas e amoras, taninos redondos, acidez equilibrada, final persistente, retrogosto um pouco agressivo. É um vinho ideal, como todos os tannats uruguaios, para acompanhar carnes vermelhas, especialmente de gado Hereford, pratos de caça, como javali ou paca, massas com molhos vermelhos intensos, queijos fortes.
Bons os vinhos de Don Luis Bertolini e Juan Pedro Broglio.
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