Incremento na comercialização foi de 4,3% nos vinhos finos, 22,7%
nos espumantes, 24,8% nos sucos de uva. Vinho de mesa se manteve estável, com
aumento de 3,2% no produto engarrafado,
Após um período de estabilidade nas vendas dos produtos
vitivinícolas, o setor comemora a retomada do crescimento na comercialização
para o mercado interno. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro do Vinho
(Ibravin) mostram que, apesar do momento econômico de retratação em diversos
segmentos, os vinhos, sucos, espumantes e outros produtos derivados da uva
registraram um crescimento de 4,6% no primeiro semestre deste ano em relação ao
mesmo período de 2014. Os vinhos de uvas viníferas (vinhos finos), por exemplo,
apresentaram um crescimento de 4,3%, com a comercialização de 9,1 milhões de
litros. Nos vinhos de mesa, os números se mantiveram estáveis, com a venda de
90,7 milhões ante os 90,8 milhões no ano anterior. Somando vinhos finos e
espumantes, foram comercializados 14,1 milhões de litros, um crescimento de
10,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em contrapartida,
as importações caíram 1,9%.
O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, avalia que a visibilidade dos produtos vitivinícolas brasileiros com a divulgação na mídia nacional impulsionaram a comercialização no primeiro semestre. "Tivemos a divulgação em nível nacional de diversas pesquisas científicas que comprovam os benefícios dos derivados da uva para a saúde e observamos um aumento nas vendas a partir disso", acredita. Mazzarollo também cita a alta do dólar como um fator que limitou a entrada de produtos importados e, consequentemente, uma maior procura pelo vinho nacional.
O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, avalia que a visibilidade dos produtos vitivinícolas brasileiros com a divulgação na mídia nacional impulsionaram a comercialização no primeiro semestre. "Tivemos a divulgação em nível nacional de diversas pesquisas científicas que comprovam os benefícios dos derivados da uva para a saúde e observamos um aumento nas vendas a partir disso", acredita. Mazzarollo também cita a alta do dólar como um fator que limitou a entrada de produtos importados e, consequentemente, uma maior procura pelo vinho nacional.
Seguindo a tendência dos últimos anos, os espumantes e o
suco de uva voltaram a apresentar crescimento de vendas. Nos espumantes em
geral, um incremento de 22,7%, com a venda de 4,9 milhões de litros. Foram
vendidos 3,8 milhões de litros de espumantes brut, demi-sec e prosecco, 23,3% a
mais do que o registrado em 2014, e 1,1 milhão de litros de moscatéis, aumento
de 20,9%.
O presidente da Federação das Cooperativas Vinícolas do RS (Fecovinho), Oscar Ló, comemora a retomada do crescimento e credita o resultado, entre outros fatores, à qualidade cada vez maior dos produtos. "Apesar de uma certa retração na economia, o setor seguiu investindo em tecnologia, equipamentos e na remuneração da matéria-prima e o consumidor está reconhecendo este salto de qualidade", diz. Ló destaca o aumento significativo dos espumantes e do suco de uva como um reflexo da descoberta da vocação vitivinícola da Serra Gaúcha, maior região produtora do país em volume, para as uvas destinadas à elaboração destes dois produtos.
O presidente da Federação das Cooperativas Vinícolas do RS (Fecovinho), Oscar Ló, comemora a retomada do crescimento e credita o resultado, entre outros fatores, à qualidade cada vez maior dos produtos. "Apesar de uma certa retração na economia, o setor seguiu investindo em tecnologia, equipamentos e na remuneração da matéria-prima e o consumidor está reconhecendo este salto de qualidade", diz. Ló destaca o aumento significativo dos espumantes e do suco de uva como um reflexo da descoberta da vocação vitivinícola da Serra Gaúcha, maior região produtora do país em volume, para as uvas destinadas à elaboração destes dois produtos.
A opinião de Ló é amparada nos resultados da venda dos
sucos 100% naturais prontos para o consumo, que apresentaram um crescimento de
24,8%. 49,4 milhões de litros foram comprados pelo público cada vez mais
interessado em produtos saudáveis. Prova disso, é que o destaque é de procura
pela bebida natural/integral, com aumento de 25% e 45,3 milhões de litros
vendidos.
O presidente do Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho), Gilberto Pedrucci, enaltece a mudança de comportamento dos consumidores em relação aos produtos vitivinícolas nacionais, que resulta em números positivos mesmo num cenário econômico pouco favorável. "O consumidor tem se mostrado cada vez mais receptivo ao vinho brasileiro e está percebendo a relação custo-benefício dos nossos produtos", acredita. "Tenho observado uma certa seleção natural e uma acomodação no mercado de vinhos, com alguns importadores que não estavam tão preparados deixando de atuar, e da consolidação de vinícolas brasileiras com produtos cada vez melhores e mais competitivos", complementa.
O presidente do Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho), Gilberto Pedrucci, enaltece a mudança de comportamento dos consumidores em relação aos produtos vitivinícolas nacionais, que resulta em números positivos mesmo num cenário econômico pouco favorável. "O consumidor tem se mostrado cada vez mais receptivo ao vinho brasileiro e está percebendo a relação custo-benefício dos nossos produtos", acredita. "Tenho observado uma certa seleção natural e uma acomodação no mercado de vinhos, com alguns importadores que não estavam tão preparados deixando de atuar, e da consolidação de vinícolas brasileiras com produtos cada vez melhores e mais competitivos", complementa.
Para o presidente da Associação Gaúcha de Vinicultores
(Agavi), Evandro Lovatel, a queda das temperaturas, aliada à exposição dos
benefícios da uva e seus derivados na mídia, contribuiu para o aumento no
consumo. "É preciso despertar ainda mais o interesse do consumidor,
reforçar o aspecto saudável do suco de uva e do vinho e trabalhar para que
alguns gargalos como a Substituição Tributária sejam amenizados", diz. O
dirigente acredita que ainda existe espaço para aumentar o venda de sucos,
devido às restrições do consumo de álcool, de tendências de mercado por
produtos saudáveis e pela qualidade da bebida.
Desempenho de vendas dos produtos vitivinícolas
gaúchos no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014 (Correspondem
a cerca de 90% da produção brasileira):
- No total, o crescimento nas vendas de produtos
vitivinícolas no período foi de 4,6%, com a comercialização de 177,7 milhões de
litros.
- Os vinhos tranquilos, incluindo os de mesa e os de
variedades viníferas, apresentaram crescimento de 0,37% com a venda de 99,9
milhões de litros;
- Os espumantes, em geral, tiveram aumento de 22,7%, com
a venda de 4,9 milhões de litros;
- Os espumantes moscatéis cresceram 20,9%, com a venda de
1,1 milhão de litros;
- Somando vinhos finos e espumantes, foram
comercializados 14,1 milhões de litros, um crescimento de 10,2% na comparação
com o mesmo período do ano passado.
- Foram vendidos 9,1 milhões de litros de vinhos de
variedades viníferas (vinho fino), ou seja, crescimento de 4,3% na comparação
com o primeiro semestre de 2014: Tintos: 7 milhões (3,9%); Brancos: 2 milhões
(7%); Rosados: 66,9 mil litros (-18,3%);
- Na categoria sucos de uva prontos para o consumo,
ocorreu aumento de 24,8% em relação aos primeiros seis meses de 2014, com a
venda de 49,4 milhões de litros;
- Os sucos naturais/integrais cresceram 25%, com a venda
de 45,3 milhões de litros;
- Os derivados de sucos de uva (néctar, bebida de uva e
preparado líquido para refresco), registram queda de 24,1% com a venda de 1,8
milhão de litros;
- Foram vendidos 90,7 milhões de litros de vinho de mesa
(- 0,01 % em relação ao primeiro semestre de 2014);
- Outros tipos de vinho, como frisante, base para
espumante e licoroso, registraram crescimento de 9,9%.
- Somando-se todos os tipos de vinhos, foram vendidos
105,9 milhões de litros, aumento de 1,3%.
* Dados provenientes do Cadastro Vinícola, mantido por meio de parceria entre Ibravin, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Secretaria de Agricultura e Pecuária do RS, com Embrapa Uva e Vinho. Os dados são referentes às vinícolas do Rio Grande do Sul.
* Dados provenientes do Cadastro Vinícola, mantido por meio de parceria entre Ibravin, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Secretaria de Agricultura e Pecuária do RS, com Embrapa Uva e Vinho. Os dados são referentes às vinícolas do Rio Grande do Sul.
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