Mesmo que as
previsões apontem para mais uma safra de uva com excelente qualidade, o setor
vitivinícola continua a enfrentar velhos problemas, entre eles a voraz carga
tributária e os altos estoques de vinhos, somente para citar os mais evidentes.
Diante deste quadro, o empresário Rogério Beltrame, recentemente escolhido para
a presidência do Conselho Deliberativo da Associação Gaúcha de Vinicultores
(Agavi), com sede em Flores da Cunha, avalia que as pequenas e médias vinícolas
brasileiras são muito penalizadas, pois estão enquadradas como “indústrias de
bebidas”, classificação que as colocam fora de mecanismos tributários como o
Simples Nacional. “A legislação tributária é muito complexa,
principalmente a substituição tributária, onde cada estado tem uma legislação
com índices diferentes de ICMS e também por que muitos estados cobram uma taxa
de “fundo de pobreza”, recolhidos pelas vinícolas no ato de
embarque da mercadoria”, explica Beltrame. O dirigente destaca as
exigências ambientais, a legislação trabalhista, os custos de produção
(embalagens) e de logística (transporte) como entraves importantes no
crescimento das empresas.
Entendendo que
está faltando uma efetiva campanha de promoção e divulgação dos vinhos de mesa,
Rogério Beltrame afirma que as campanhas de divulgação estão mais focadas nos
vinhos finos e nos espumantes.“Os dados revelam que o grande consumo de
vinho, é o de mesa, principalmente o tinto suave. Avalio que está faltando
orientação do setor de marketing das vinícolas junto às agências de publicidade
para focar no consumo de vinho de mesa, que representa 86% do vinho engarrafado
consumido”, finaliza Beltrame.
Nenhum comentário:
Postar um comentário