quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Festa de encerramento do Ano do Centenário na Peterlongo





Manoel Peterlongo, o pioneiro do espumante brasileiro
Arquivo


A enóloga Maria Amélia Duarte Flores, da Vinho & Arte, que atende a vinícola Peterlongo, está convidando para a festa de encerramento do Ano do Centenário do Primeiro Espumante Brasileiro, sexta-feira, dia 13, a partir das 19h, na Vinícola Peterlongo, em Garibaldi. A caravana porto-alegrense sairá da Vinho & Arte.
“É com enorme satisfação que a diretoria da Vinícola Peterlongo convida para a Festa de Encerramento do Ano do Centenário do "1º Espumante Brasileiro". Um legado de amor, profissionalismo e trabalho deixado pelo nosso pioneiro, Manoel Peterlongo, a partir de 1913.
Data: 13 de setembro de 2013, 20h
Local: Castelo da Vinicola Peterlongo . Garibaldi . RS
Traje: alto esporte
RSVP: 51 9331 6098 / vinhoearte@gmail.com / marketing@peterlongo.com.br
O estabelecimento vinícola Peterlongo, é uma marca de tradição e pioneirismo. Desde meados de 1900, Manoel Peterlongo, imigrante italiano, dedicar-se ao sonho de produzir espumantes no país que o acolhera. Possuia conhecimentos sobre os métodos "Champenoise", bem como "Asti", pelo processo rural, sabia que precisava utilizar uvas finas para esta elaboração. É um dos pioneiros na elaboração de vinhos finos brancos. A qualidade é reconhecida, oficialmente, em 1913, com a premiação na Festa da Uva de Garibaldi com "Medalha de Ouro" para o "Primeiro Moscato tipo Champagne". Seriam os primeiros passos para o novo rumo que todo o vinho do Brasil celebra agora, cem anos depois: o espumante é a bebida símbolo do país.
Em 1915, funda a Casa Peterlongo, já a caminho do sucesso. Com a doença de Manoel, em meados de 1921 a 1924, o único filho homem, Armando, retorna para casa e assume o comando da empresa.
O jovem farmacêutico, de apenas 21 anos, marcou a história por exemplos de ousadia: abraça o sonho do pai e começa uma grande transformação. "Benditas sejam as mulheres, pois fazem tudo com amor e cuidado", era uma de suas frases: assim, foi a primeira empresa do setor a empregar mão-de-obra feminina, tanto em vinhedos quanto na cantina, e com a instauração das leis trabalhistas, a pagar o salário mínimo aos seus operários. Nos anos 30, constrói uma das mais belas vínícolas da América Latina, com 10 000m2 de pedra basáltica e um charmoso castelo que era a residência da família, já vislumbrando não só a qualidade dos espumantes mas também o posicionamento diferenciado.
A sabedoria se percebe nos detalhes: a cave basáltica é acessada através de um túnel, onde a ventilação natural mantém a temperatura perfeita para elaboração do "método Champenoise". O maquinário, leveduras, tudo vinha diretamente de Epernay (França), seguindo a risca o padrão "das melhores caves francesas".
O "Champagne Peterlongo" era envelhecido por, no mínimo, quatro anos antes de ir ao mercado; foi um dos pioneiros no plantio em espaldeira, além de investir fortemente em publicidade em importantes veículos de comunicação. Todo este trabalho, na época, o consolidou não só como o grande "Champagne" brasileiro, como também a marca da cidade de Garibaldi como a melhor produtora nacional. A marca "Peterlongo" era obrigatória em solenidades oficiais, batismos de navios e aviões. A bebida estava sempre presente em banquetes oferecidos pelo governo Getúlio Vargas e foi elogiada até pela rainha da Inglaterra, Elizabeth, ao visitar o Brasil.
Era tamanho o seu prestígio que, em 1942, a Peterlongo faz sua primeira exportação para a rede de varejo Macy’s, em Nova York, amplamente noticiada na mídia americana. Nas caves, recebe a visita de muitas personalidades; até Assis Chateaubriand vem conhecer a Peterlongo. Armando deixa sempre registrado, desde 1930 "que as portas de seus estabelecimentos estão abertas aos visitantes".
Nestes Cem anos de História, a empresa quer valorizar o legado de seus pioneiros, em busca permanente de qualidade e inovação. Investe em tecnologia, profissionais, tem buscado uvas em tradicionais e novas regiões, está resgatando suas origens. Sediada em Garibaldi, é ponto de parada obrigatório não só para o que apreciam um bom espumante, mas história, arquitetura e uma emocionante volta ao passado, sempre atentos ao futuro.

Contrapondo-se a proposição de que o termo "Champanhe" somente possa ser usado na região de Champagne, na França, a Vinícola Peterlongo obteve, através de decisão do Supremo Tribunal Federal, direito à utilização e divulgação do nome na apresentação de seus produtos. Essa prática ocorre desde 1913, quando a vinícola iniciou seus trabalhos e a permanente atuação de Armando Peterlongo no controle de qualidade não só de seus produtos, mas de todo o setor. Após um processo movido por uma empresa francesa, a Peterlongo obteve judicialmente o direito ao uso do termo de acordo com a lei 78.835/1974. 

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