quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Primeiro tannat da Cordilheira de Sant´Ana

Cordilheira de Sant’Ana lança a primeira safra de seu Tannat





Rosana Wagner e Gladistão Omizzolo, proprietários e enólogos da vinícola Cordilheira de Sant’Ana, na minha terra Sant´Ana do Livramento, apresentam a primeira safra de seu Tannat de 2004. Depois de descansar por um período de 18 meses nas caves da Cordilheira de Sant’Ana, em barris novos de carvalho, finalmente o Tannat foi domado e está pronto para ir ao mercado e encantar os clientes como fazem os outros vinhos produzidos por essa nova vinícola. Estou louco para provar e, como irei a Livramento por estes dias, comer um cordeirinho texel com o David Martins e o Claudino Loro (aliás, estive com o Darcy Miolo, no Vale dos Vinhedos, e ele só falou no Loro, com quem bebemos bons vinhos na última Expointer.), vou aproveitar para experimentar o tanna da Rosana e do Galdistão. Eles mandam dizer que o Tannat 2004 alcançou um alto grau alcoólico e foi cortado com Cabernet Sauvignon e Merlot para amaciar os potentes taninos característicos desta casta.
A vinícola fica na região de Palomas, Sant’Ana do Livramento, a uma altitude de 200 m, no paralelo 31º, na Campanha Gaúcha, Rio Grande do Sul. Foi nessa região que a uva Tannat melhor se adaptou no Brasil, próximo a fronteira com o Uruguai, onde a casta Tannat se tornou ícone.
Seus enólogos realizaram uma vinificação tradicional, com temperatura de fermentação controlada entre 26 a 28ºC por 8 dias. O vinho foi envelhecido 85% em barris de carvalho durante 18 meses e cortado com 10% de Cabernet Sauvignon e 5% de Merlot. O resultado é um vinho com 13,8 ºGL, natural, sem nenhuma chaptalização, muito concentrado, com uma cor rubi-violácea intensa, sabor frutado de cassis e ameixas, deliciosamente equilibrado e agradável na boca. Desse lote foram produzidas 6.600 garrafas.
“O Tannat é um vinho rico em compostos fenólicos, realmente estruturado. O corte com Cabernet e Merlot e o longo repouso em barricas de carvalho tornou-o harmônico ao paladar, assegurando-lhe a maciez necessária para o consumo, bem como um toque arredondado e textura suave”, explica Rosana.
A harmonização ideal com esse vinho são as carnes vermelhas como gado e cordeiro (principalmente os de Livramento9), carne de porco e caças variadas, pratos com molhos fortes e picantes, além de queijos como Gouda, Ementhal e Parmesão (sugiro o do Raul Anselmo Randon, lá de Vacaria). A sugestão de temperatura de serviço fica entre 18 e 20ºC.

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