sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Desafios da exportação de vinhos

O Projeto Setorial Integrado Wines from Brazil (WFB) promove no próximo dia 30 de outubro o Seminário “Os desafios da exportação de vinhos para o mercado americano”. O tema, que será abordado pelo renomado importador americano de vinhos brasileiros, Gelson Cardoso, é de extrema importância para o setor, uma vez que os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar em importações de vinhos do Brasil. O evento, dirigido a profissionais do setor vitivinícola, será realizado no Auditório do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), a partir das 15h30min.
O Seminário integra o plano de ações do projeto WFB que tem o propósito de aumentar o volume da exportação de vinhos brasileiros, além de atrair novas vinícolas para o grupo. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e relatórios internos do Grupo WFB, as exportações para o mercado americano entre as vinícolas participantes representaram 21% do total. Os resultados, em 2007, são melhores ainda. Até o final de setembro, o grupo exportou 30,92% reafirmando a posição de liderança dos Estados Unidos como principal mercado para os vinhos brasileiros.
De acordo com a gerente de promoção comercial do Wines from Brazil, Andreia Gentilini Milan, o Seminário oportunizará aos participantes ampliar seus conhecimentos sobre este potencial mercado para os vinhos do Brasil. Atualmente, nove empresas do Wines from Brazil já exportam para o mercado americano, sendo elas: Cooperativa Vinícola Aurora, Miolo Wine Group, Vinícola Boutique Lídio Carraro, Sociedade de Bebidas Mioranza, Vinhos Marson, Champagne Georges Aubert, Vinhos Salton, Sulvin Indústria e Comércio de Vinhos e Pizzato Vinhas & Vinhos. “Com este evento pretendemos ampliar o número de vinícolas exportadoras, bem como aumentar o volume das exportações para aquele país”, destaca.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 3.236.024,00 de vinhos, sendo US$ 677.203,00 para os Estados Unidos. Este ano, o total de exportações até o final de setembro foi de US$ 2.573.810,00, sendo US$ 516.984,00 para os Estados Unidos. Isso significa que as empresas do Wines from Brazil exportaram o equivalente a 47,5% do total de exportações do Brasil para os Estados Unidos em 2006 e 68% este ano.
O mercado americano importou, em 2005, 79 milhões de caixas de vinhos (c/ 12 garrafas). Deste total, 72% dos vinhos são nacionais (californianos e outros) e 28% são importados. Entre os principais importados estão os vinhos da Austrália (28%), Itália (31%), França (14%), Chile (8%), Espanha (6%), Alemanha (3%) e Argentina (4%). Entre os vinhos mais populares estão os da Itália (Pinot Grigio) e os da Austrália (Chardonnay, Shiraz e assemblages).
Dos 300 milhões de americanos, 37% dos adultos não bebem nenhum tipo de bebida alcoólica. Pela primeira vez na história dos USA, 39% dos americanos preferem vinho ao invés de cerveja. O maior consumo está localizado em New York (9 milhões de caixas), Califórnia (8 mi), Flórida (7,5 mi), Texas (4,5 mi) e Ilinóis (3,5 mi). Entre as principais cidades destacam-se Boston, Chicago, Denver, Los Angeles, Minneapolis, New York, Miami, Philadelfia, São Francisco, Seattle, Washington.
De acordo com a gerente do projeto, as churrascarias brasileiras têm sido um grande canal para o vinho brasileiro. “Existem nos Estados Unidos mais de 200 churrascarias brasileiras espalhadas pelo território americano com um conceito de restaurante sofisticado e, portanto, com demanda de vinhos de alto valor agregado. É um dos destinos em que as empresas conseguem os maiores preços médios por litro”, afirma.
Os interessados em participar devem efetuar inscrição através do site www.ibravin.org.br. Associados do Wines from Brazil pagam R$ 10,00 por participante. O valor para não associados é de R$ 20,00. As vagas são limitadas.
O programa do Seminário também inclui a apresentação dos cases das empresas Champagne Georges Aubert e Casa Valduga. O Seminário “Os desafios da exportação de vinhos para o mercado americano” tem o patrocínio da FedEx Express e conta com o apoio da Apex Brasil, Ibravin e Sebrae.

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