Julio Soares/Objetiva
Que os aromas ativam sensações, disso não há dúvidas.
Existem inúmeras pesquisas científicas comprovando que despertar reações
emocionais e sensoriais causam envolvimento e paixão, ocasionando um
relacionamento mais estreito. Com o chamado marketing da experiência, em que se
oferece uma sensação indescritível e inesquecível, é possível usar essas
reações, muitas vezes inconscientes do ser humano, para convencer clientes a
consumir produtos e a pagar mais por eles. Este foi o tema da palestra do
mestre em Gestão de Negócios do Vinho Júlio César Kunz, diretor de Marketing da
Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS), na reunião-almoço da Câmara de
Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), dia 1 de junho. “O valor
não está no produto, está na experiência que a gente gera”, afirmou Kunz, ao
enfatizar importância da perspectiva do olhar do cliente sobre o
produto.Segundo o diretor de Marketing da ABS-RS, que possui graduação em
Engenharia de Alimentos, “o futuro do branding envolverá a proposição
de vendas holística, em que as marcas não estão apenas ancoradas na tradição,
mas adotam características de experiência sensorial”. Nesse sentido, os
aromas e a música são os estímulos que mais conseguem despertar sensações e,
portanto, devem ser considerados na hora de se fazer negócios. Para Kunz,
sabores e aromas devem vir acompanhados de uma boa história, conciliando os
dados objetivos do produto, como safra, nome do produtor, graduação alcoólica,
tipo e classificação de vinho, entre outros, com sentimentos e emoções.
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