Foto Fernando Priamo/D/JN
A chegada do inverno é um estímulo para o consumo de
vinhos e harmonização com diversos alimentos. A combinação da bebida com
queijos, embora bastante difundida, requer cuidado e equilíbrio ideal para
realçar aromas, sabores e texturas. Duas profissionais da EPAMIG, a
coordenadora de Transferência e Difusão de Tecnologia do Instituto de
Laticínios Cândido Tostes, Luiza Albuquerque, e a enóloga Marite Dal´Osto
destacam algumas dicas básicas para a escolha e combinação dos produtos. “É um
sofisticado encontro de aromas, onde o sabor do vinho realça e dá personalidade
ao dos queijos e vice-versa”, ensina Luiza.
A regra clássica ensina
que queijos frescos ou de pasta mole (Mussarela, Mussarela de búfala, Minas
Frescal, Ricota, queijo Coalho e Brie) combinam com vinhos brancos, levemente
aromáticos, vinhos tintos jovens que não passaram por madeira ou espumantes.
Queijos de média maturação (Prato, Meia-cura, Cheddar) são adequados para
vinhos tintos frutados como o Syrah.
Os queijos de pasta dura e
de maturação longa (Parmegiano, Provolone, Pecorino) servidos
como aperitivos ou fora da refeição combinam com espumantes ou vinhos brancos
mais encorpados. Quando servidos como último prato combinam bem com vinhos
tintos. Os queijos azuis (Gorgonzola, Roquefort, Stilton) vão bem com
vinhos espumantes, vinhos brancos aromáticos e com vinhos licorosos de
sobremesa. “Como pode ser visto o vinho espumante pode ser usado em qualquer
ocasião como um “coringa”, observa Marite.
Luiza Albuquerque ensina
que ao comprar os queijos é fundamental escolher o estabelecimento, sentir o
olfato, observar a data de fabricação e a temperatura no local onde estão
acondicionados. Os produtos devem ser comprados com no máximo dois dias de
antecedência do consumo e precisam ser retirados da geladeira uma hora antes de
serem servirdos.
Em casa, a conservação
deve seguir regras importantes para que cada tipo de queijo preserve as
características por mais tempo. Os queijos de massa mole, incluindo Gorgonzola,
Saint Paulin, Roquefort e Danablu devem ficar em recipientes fechados na parte
de baixo da geladeira. O mesmo serve para os de massa semi-cozida, como Gouda,
Itálico, Edam, Gruyère, Morbier, Minas padrão e Prato, se estiverem inteiros.
Se forem cortados, devem ser cobertos por pano úmido em local sem grandes
alterações de temperatura. Já os queijos duros e defumados ficam melhor na
temperatura ambiente até 18° C e cobertos para evitar contato com moscas e
fungos.
Para a escolha do vinho, Marite recomenda usar como
referência o prato que será servido. No entanto, a enóloga destaca que ousadia
e curiosidade também podem ajudar na combinação. “Cada um tem
seu paladar próprio, que vai melhorando e descobrindo texturas, sabores e
sensações a cada novo vinho aberto. Para conhecer uma laranja, você teve que um
dia experimentá-la, com o vinho acontece o mesmo. Então seja curioso, compre
sempre vinhos diferentes”, aconselha.
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