quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Na adega de Walter Lídio Nunes

 Walter Lidio Nunes, que neste momento, toca o maior investimento da atualidade no Rio Grande do Sul, a expansão da Celulose Riograndense, em Guaíba, nas proximidades de Porto Alegre, é um apreciador de vinhos. Na sua adega, segundo nos conta Marcos Graciani, diretor da Confraria do Bom Vin, há rótulos brasileiro, argentinos e chilenos. “ Em mais de uma ocasião presenciei Walter Lídio Nunes bebendo o Los Lingues Carmenère, um ícone da Casa Silva, a mais conhecida vinícola do Chile.”
 “Gosto muito da Carmenère, mas evidentemente, gosto também de outras uvas ou mesmo assemblages”, contou ao Cepas & Cifras o engenheiro mecânico que trabalha no setor de papel e celulose há mais de quatro décadas. Nunes tem cerca de 160 garrafas, em duas propriedades, sendo que a maioria é de vinhos chilenos, um pouco de argentinos e também nacionais.
 “A produção nacional está melhorando muito e dá para dizer que hoje temos bons vinhos. Parte desse sucesso se deve ao trabalho desenvolvido pela Embrapa e aos investidores que acreditaram na atividade, como o Raul Randon (aliás, o RAR é também um excelente vinho). Não desmerecendo os brancos e os espumantes, que são maravilhosos, gosto bastante do Desejo, da Salton.  Entre os nacionais, posso citar, além do Desejo (Salton), o Quinta do Seival Castas Portuguesas (Miolo); alguns rótulos da Valduga e Ahgheben; Inominabile, produzido pela vinícola Grando, talvez o melhor tinto brasileiro; Bueno (Galvão Bueno), Guatambú e Peruzzo, ambos da região de Bagé”, lista. “Dos estrangeiros, gosto muito do Quinta Generacion, Altura e Carmenère Los Lingues, produzidos pela Casa Silva (Chile); Quinta da Bacalhoa e Cartuxa (Portugal); Angélica e Nicolas Zapata (Argentina); Dom Melchor, Alma Viva e Seña (Chile)”, emenda.
 “Mas, evidentemente, existem outros bons vinhos chilenos que têm excelente relação custo/benefício, como o Antiguas Reservas, da Cosiño Macul, e o Marques de Casa Concha, da Concha y Toro”, recorda o empresário. Mas não foi um vinho chileno que ultimamente surpreendeu Nunes. “No início de agosto, bebi um argentino, o Patrón Santiago, um Gran Reserva 2005, que me deixou muito impressionado. É um vinho de alta qualidade por um preço muito conveniente”, revela. “O vinho melhora um bom diálogo, reforça as amizades e dá colorido especial a qualquer conversa ou debate”, justifica, afinal, a razão pela qual gosta tanto da bebida.


Nenhum comentário: