O pessoal gostou tanto da nota que escrevi sobre o Tannat 2004 que bebi com o Claudino Loro, o Gladistão Omizzolo e a Rosana Wagner na Vinícola Cordilheira de Sant´Ana, ao pé do Cerro de Palomas, terra do Juremir Machado, que resolvi publicar mais algumas informações sobre o vinho, principalmente para o colega Aldo Renato Soares, o Lagarto, lá de Brasília. Proprietários e enólogos da Cordilheira de Sant’Ana, Gladistão e Rosana apresentam a primeira safra de seu Tannat de 2004. Depois de descansar por um período de 18 meses nas caves, em barris novos de carvalho, finalmente o Tannat foi domado e está pronto para ir ao mercado e encantar os clientes como fazem os outros vinhos produzidos por essa nova vinícola, escreveu Denise Cavalcante, assessora de imprensa da casa.
O Tannat 2004 alcançou um alto grau alcoólico e foi cortado com Cabernet Sauvignon e Merlot para amaciar os potentes taninos característicos desta casta. A vinícola fica na região de Palomas, Sant’Ana do Livramento, a uma altitude de 200 m, no paralelo 31º, na Campanha Gaúcha, Rio Grande do Sul. Foi nessa região que a uva Tannat melhor se adaptou no Brasil, próximo a fronteira com o Uruguai, onde a casta Tannat se tornou ícone.
Seus enólogos realizaram uma vinificação tradicional, com temperatura de fermentação controlada entre 26 a 28ºC por 8 dias. O vinho foi envelhecido 85% em barris de carvalho durante 18 meses e cortado com 10% de Cabernet Sauvignon e 5% de Merlot. O resultado é um vinho com 13,8 ºGL, natural, sem nenhuma chaptalização, muito concentrado, com uma cor rubi-violácea intensa, sabor frutado de cassis e ameixas, deliciosamente equilibrado e agradável na boca. Desse lote foram produzidas 6.600 garrafas.
“O Tannat é um vinho rico em compostos fenólicos, realmente estruturado. O corte com Cabernet e Merlot e o longo repouso em barricas de carvalho tornou-o harmônico ao paladar, assegurando-lhe a maciez necessária para o consumo, bem como um toque arredondado e textura suave”, explica Rosana.
A harmonização ideal com esse vinho são as carnes vermelhas como gado e cordeiro, carne de porco e caças variadas, pratos com molhos fortes e picantes, além de queijos como Gouda, Ementhal e Parmesão. A sugestão de temperatura de serviço fica entre 18 e 20ºC.
A vinícola
A vinícola Cordilheira de Sant’Ana apresentou a primeira safra de seus vinhos no final de 2005 e desde então têm recebido excelentes críticas. Seu projeto é o resultado maduro da experiência de dois profissionais com profunda experiência em enologia para realizar essa ousada empreitada: criar uma vinícola do zero.
O empreendimento é fruto exclusivo de investimentos pessoais de casal, que entende que o retorno financeiro será a muito longo prazo. Para eles, a Cordilheira de Sant’Ana é a realização de um profundo desejo de reunir todas os melhores aspectos que o Brasil pode oferecer para a produção de um vinhos de alta qualidade. Gladistão e Rosana entendem que a tarefa de elaborar bons vinhos não se resume simplesmente a um negócio, mas reflete uma filosofia de vida. Tiveram a paciência de aguardar seis anos para lançarem os seus primeiros produtos, resultado de uma produção muito limitada. O trabalho no vinhedo começou em 1999.
Todas as fases de produção dos vinhos Cordilheira de Sant’Ana, da produção das uvas até o engarrafamento dos vinhos, acontece dentro da propriedade, sob os atentos olhos de seus enólogos/proprietários que exercem com prazer a liberdade de decidir o momento exato para colher as uvas, engarrafar o vinho ou qualquer outra parte do processo. Por este motivo a empresa é considerada uma Adega Regional de Vinhos Finos.
A região escolhida para o empreendimento foi Palomas, em Sant’Ana do Livramento, região da Campanha Gaúcha, localizada no sudoeste do Rio Grande do Sul, a 31º de latitude sul, a uma altitude média de 200 metros. A escolha do terroir Palomas é fruto do conhecimento adquirido através de muita pesquisa e da experiência dos enólogos na região. Gladistão e Rosana instalaram seus vinhedos e adega em Palomas por estarem convictos de que esta é a melhor região brasileira para o cultivo de uvas viníferas.
Em qualquer decisão tomada no vinhedo, privilegia-se a qualidade em detrimento da quantidade. A produtividade dos vinhedos é idealmente baixa: em média 5 toneladas por hectare. As uvas são acompanhadas, analisadas e avaliadas durante seu amadurecimento no vinhedo e colhidas somente após demonstrarem que alcançaram o máximo do seu potencial em termos de complexo aromático e parâmetros físico-químicos, tais como açúcares, polifenóis e acidez.
Os vinhos se revelaram estruturados e potentes, aromáticos, com excelente acidez, taninos equilibrados e boa graduação alcoólica natural. A Cordilheira de Sant’Ana colocou seus primeiros vinhos no mercado em 2006, após um tempo de maturação em carvalho ou inox, dependendo da casta, e um período de descanso na garrafa nas caves da adega.
Nesse primeiro lote lançaram apenas dois brancos e dois tintos: Cabernet Sauvignon 2003; Merlot 2004; Gewurztraminer 2004 e Chardonnay 2004. O Chardonnay é fermentado em carvalho, parte do Merlot, 20%, passa seis meses em carvalho; 20% do Cabernet Sauvignon envelheceu 12 meses no carvalho. Tintos e brancos descansaram na cave antes do seu lançamento.
Com esse trabalho, o casal deseja “a obtenção de vinhos íntegros, vinhos que foram planejados para, dentro de sua aptidão natural, nos brindarem com o máximo do seu potencial”, como define a enóloga Rosana Wagner. “Meu desejo é levar ao nosso consumidor momentos de plenitude, satisfação e prazer”, afirma.
Representante em São Paulo – (11) 7140-2482 com Marina Lins. Em Livramento, Caixa postal 34 – Fone: (55) 99732620 – Fax: (55) 32423749 - CEP 97.573-000 – SANT’ANA DO LIVRAMENTO – Rio Grande do Sul – Brasil - www.cordilheiradesantana.com.br, rosana@cordilheiradesantana.com.br
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