Roteiro da Serra Gaúcha reserva atrações enoturísticas
que só o Brasil tem e que atraem gente do mundo inteiro. Inverno lidera procura
e estima mais de 80 mil turistas. Há experiências que a cultura do vinho
proporciona que nunca se esquece. Conhecer a vinícola guiado pelo cantineiro,
olhar o vinhedo adormecido, participar da elaboração do próprio vinho, caminhar
entre tanques de aço inox e sentir o cheiro característico de uma cantina
provando vinhos ainda em processo de elaboração, degustar outros já em barricas
de carvalho ou, ainda, abrir uma garrafa e fazer uma grande descoberta. Isso
sem contar o calor humano e o aconchego da lareira, o conforto e a
hospitalidade de pousadas e hotéis e as mesas fartas e variadas com banquetes
servidos pelas ‘nonas’ e também por chefs. São vivências que o turista
experimenta no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, há 120 km de Porto Alegre.
O Vale dos Vinhedos é atração o ano todo, mas é no
inverno que atinge seu ápice. O charme da estação, harmonizada com a vasta
carta de vinhos das cerca de 30 vinícolas que integram o roteiro e os cardápios
especiais oferecidos pelos restaurantes, formam um convite irresistível para
curtir o frio. Para completar, verdadeiros cartões postais com paisagens
únicas, que se transformam a cada estação exaltando as belezas da região. A
cada curva, um novo cenário. Em cada gole, uma nova emoção. De junho a agosto,
a rota deverá receber mais de 80 mil visitantes, muitos atraídos pela
expectativa da neve ou mesmo pela tradicional geada.
Para quem procura vinhos, o roteiro oferece mais de 500
rótulos. Varietais ou assemblages, de pequenas, médias ou grandes vinícolas, as
garrafas reservam particularidades que expressam o terroir da região. Nesta
época, os vinhos mais encorpados ganham a preferência com destaque para os
tintos da variedade Merlot e os brancos Chardonnay, castas emblemáticas da
Denominação de Origem Vale dos Vinhedos (DOVV).
São muitas paradas em uma estrada que leva a vários
caminhos, sempre cercada por vinhedos, plátanos ou árvores nativas. As
vinícolas, cada uma com suas peculiaridades, reservam programas que levam o
turista a mergulhar no mundo do vinho. Cada uma do seu jeito, mas todas
apostando no enoturismo com experiências como um dia de poda, cursos de
degustação, jantares harmonizados e visitas guiadas.
Com uma capacidade de hospedagem simultânea de mais de
700 pessoas, o Vale possui sete pousadas, três hotéis e um SPA do Vinho. São
opções diferenciadas que vão desde o aconchego da família ao romantismo. Isso
sem contar os demais hotéis que ficam nos arredores, ampliando a estrutura de
atendimento ao turista.
Na gastronomia, o cardápio é bem amplo. São 16
restaurantes, além dos espaços gastronômicos em vinícolas que funcionam
mediante reserva. A estrutura contempla produtos coloniais, culinária italiana
típica e contemporânea (massas, risotos, carnes exóticas), pratos regionais
como o churrasco e pizza, com serviços de sequência de pratos, slow food e à la
carte. Cada vez mais, as casas apostam em pratos saudáveis com ingredientes
cultivados por produtores do Vale, além de plantações orgânicas. A rede se
completa com queijaria, café, biscotteria, artesanato, sorveteria, além do
Memorial do Vinho, da Casa do Filó e de pontos que oferecem roupas e calçados
em couros e móveis antigos.
O Vale dos Vinhedos ganhou mais uma ferramenta de
divulgação. A Secretaria de Turismo de Bento Gonçalves acaba de lançar um
“pocket folder”, que além de ser fácil de manusear, reúne informações do
roteiro, seus atrativos e mapa em três idiomas: português, inglês e espanhol.
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