Com um mercado ainda tímido na produção, a olivicultura ainda tem espaço para crescer, mas é necessário um trabalho de políticas de incentivo e mais jornadas técnicas para fomentar o cultivo no país. Como um dos grandes consumidores de azeite de oliva, com 80 mil toneladas ano, e de azeitonas de mesa, com consumo de cerca de 100 mil toneladas por ano, conforme dados do Conselho Internacional da Olivicultura, os brasileiros são totalmente dependentes da importação, especialmente da Europa.
Para o presidente da Associação Rio Grandense dos
Olivicultores (Argos), Guajará Oliveira, os dados relativos ao setor que já
foram divulgados por diversas instituições não batem com a realidade da cultura
no país. A produção nacional não chega a 1% do consumo nacional, de acordo com
o dirigente. "Com base no total de área plantada que não passa de mil
hectares, sendo que muitas delas tem menos de quatro anos, o que dificulta
qualquer projeção de produção porque a maioria não produz ainda, até agora o
cenário atual é apenas exemplificativo e não referencial", salienta. O
ex-secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, que
é um dos grandes incentivadores do setor, garante que o estado já planta mai de
1.200 hectares com oliveiras e possui, pelo menos, quatro plantas industriais
produzindo azeites.
Um dos objetivos da primeira Feira Internacional de
Negócios em Olivicultura (Finooliva 2014), que será realizada entre os dias 2 e
5 de setembro no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (Pucrs), em Porto Alegre, na qual a Argos, juntamente com o
Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo, de Portugal, é o de dar
suporte e respaldo às iniciativas presentes e futuras no segmento da
olivicultura brasileira. "Será um importante instrumento exemplificativo
do que necessitamos fazer para desenvolver toda a cadeia da olivicultura. É
importante mostrar o nosso país como um futuro potencial de investimentos
nesse segmento", reforça Oliveira, que também é presidente da Finooliva
2014.
O presidente da Argos avalia que para se chegar ao ponto
de atender a demanda do mercado nacional, são necessários implantar mais de 100
mil hectares da cultura. "O mercado consumidor no Brasil necessita de
muita produção para ser atendido. Isso é um fato. O potencial de retorno a um
investimento em um setor que tem tudo para ser desenvolvido é fantástico e importante,
seguro e lucrativo desde que se organize as coisa bem e se trabalhe para
atender esse mercado com qualidade", projeta.
Informações e inscrições para a Finooliva 2014 podem ser
obtidas no site www.fino2014.com.br.
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