Quem gosta de vinho não perde nenhuma avaliação anual
Foto DU/JN
O serviço do vinho é feito pelos alunos de Enologia
Foto Gilmar Gomes
Madura, a Avaliação Nacional de Vinhos chegou a sua 21ª
edição, consolidada, reunindo 850 pessoas de 13 estados brasileiros e oito
países, especialmente quase 100 jornalistas brasileiros que foram conhecer a
qualidade da safra 2013 dos vinhos brasileiros. Não foi a safra excepcional que
se dizia, em dezembro passado, que seria, por problemas climáticos em algumas
regiões, mas foi uma safra boa, com algumas surpresas muito agradáveis em
termos de qualidade. Quanto à composição dos vinhos participantes, surpreendeu
a ausência dos Tannat e a diminuição dos Cabernet Sauvignons. Por outro lado,
cresceram variedades novas, como a Teroldego e Marselan. Outro aspecto que impressionou
foi a qualidade de vtrês vinhos apresentados, o que significa que vamos ter
espumantes excepcionais este ano e nos próximos. A Cave Geisse destacou-se! Também surpreendeu
o Malbec elaborado pelos irmãos Marco e
Magda Brandelli a partir dos vinhedos da Vinícola Almaúnica. Excelente. Outra
surpresa agradável foi a da Vinícola Monte Rosário, vinhos Rotava, tradicional
produtor de vinho comu, que fez seu primeiro vinho fino, inscreveu na
Avaliação, e foi premiado com a entrada entre os 16 nmelhores. Um vinho
varietal novo, de Teroldego.
Como grande anfitrião da Avaliação Nacional de Vinhos,
o vinho brasileiro mostrou para um público formado por 850 apreciadores da
bebida que a produção nacional vem evoluindo a cada safra. Na taça, eles
tiveram a oportunidade de degustar 16 vinhos selecionados entre os 30%
representativos da Safra 2013, resultado extraído de um total de 309 amostras
inscritas por 63 vinícolas. Reconhecida como a maior avaliação de vinhos de uma
mesma safra do planeta, a 21ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2013 chegou
a sua maioridade consolidada. Nessas 21 edições, 4.832 amostras foram avaliadas
e 13 mil pessoas testemunharam o momento maior do vinho brasileiro.
Desde 1993, quando foi criada pela Associação Brasileira
de Enologia (ABE), vem exercendo forte influência na evolução da produção
nacional e na promoção do vinho junto ao mercado consumidor, atraindo olhares
do mundo todo. Concorrida, a 21ª edição esgotou os ingressos em apenas duas
horas. O privilégio de viver essa experiência coube a apreciadores de 13
estados brasileiros, além do Distrito Federal, e de oito países (Alemanha,
Austrália, Brasil, Chile, Cuba, Estados Unidos, Itália e Uruguai).
Ao abrir oficialmente o evento, o presidente da ABE,
enólogo Luciano Vian, disse que a Avaliação Nacional de Vinhos tem a
responsabilidade de apresentar novas regiões produtoras de vinho do país, suas
potencialidades e retratar os movimentos que o setor e o mercado consumidor
espelham. “Os vinhos que estarão no mercado nos próximos anos já despontam na
Avaliação”. Vian também aproveitou a presença de políticos, empresários e
líderes do setor para dizer que todo mundo sabe quais são os problemas
enfrentados para elaborar vinhos no Brasil. “Está na hora de virar o jogo.
Construir um pensamento, uma agenda construtiva e positiva. E quem vai fazer
isso somos nós. A Avaliação é um exemplo”, enfatizou.
Em clima de euforia, todos estavam curiosos para provar a
representatividade da Safra 2013. Mas o silêncio invadiu o auditório quando 115
alunos de Viticultura e Enologia do Instituto Federal do Rio Grande do Sul
(IFRS) e de Enoturismo da Fisul serviram a primeira amostra. A cada vinho
degustado às cegas, um comentário era feito por um dos especialistas convidados. A enóloga gaúcha e que hoje reside no
Rio de Janeiro, Joseliane Cardoso, foi sorteado entre o público para ser
o 16º comentarista.
Ao final do evento, foram apresentados os 30% mais
representativos e, dentre eles, os 16 vinhos selecionados para o dia. Para cada
amostra servida, foram utilizadas 90 garrafas, totalizando 1.440 garrafas.
Quando todos se preparavam para o almoço, a ABE surpreendeu o público com o
show de Renato Borghetti.
O jornalista Irineu Fernando Guarnier Filho e o enólogo
Mario Geisse foram os homenageados com o Troféu Vitis 2013 nas categorias Amigo
do Vinho Brasileiro e Enológico, respectivamente.
Irineu Guarnier, jornalista homenageado como Amigo do
Vinho
Enólogo Mário Geisse homenageado com o Troféu Enológico
Fotos Gilmar Gomes
OS 16 VINHOS REPRESENTATIVOS DA SAFRA 2013
Categoria: Vinho Base Para Espumante
1. Vinho Base Espumante – Chardonnay – Casa Valduga
Vinhos Finos
2. Vinho Base Espumante – Riesling Itálico / Chardonnay /
Pinot Noir – Chandon do Brasil
3. Vinho Base Espumante - Pinot Noir – Vinícola Geisse
Categoria: Branco Fino Seco Não Aromático
4. Riesling Itálico – Cooperativa Vinícola Aurora
5. Chardonnay – Cooperativa Vinícola Nova Aliança
6. Chardonnay – Luiz Argenta Vinhos Finos
7. Chardonnay – Vinícola Góes e Venturini
Categoria: Branco Fino Seco Aromático
8. Sauvignon Blanc – Vinícola Miolo
Categoria: Tinto Fino Seco Jovem
9. Cabernet Franc – Vinícola
Salton
Categoria: Tinto Fino Seco
10. Merlot - Bueno Bellavista
Estate
11. Cabernet Sauvignon – Rasip
Agropastoril
12. Malbec – Vinícola Almaúnica
13. Marselan – Vinícola Dom
Cândido
14. Teroldego – Vinícola Don
Guerino
15. Teroldego – Vinícola Monte
Rosário – Vinhos Rotava
16. Merlot – Vinícola Perini