Aproveitei a viagem a Livramento e visitei o Luiz Carlos Dauria Nunes, popietáio do Frigorífico Divisa, especializado no abate de ovinos, e ele me confirmou que, em agosto, vai começar a produzir embutidos de ovinos: lingüiças,salames, copas, almôndegas, hambugueres, etc. Sem dúvida, vai ser uma iniciativa importante, pois dará destino à chamada “ovelha velha”, que lota os campos gaúchos e tem pouco aproveitamento hoje. Acontece que, pelo sistema de criação extensivo dos gaúchos, uma ovelha produz dois ou três cordeiros e não serve mais para cria – em manejo intensivo se tiram mais dois ou três cordeiros. Ela só é abatida para consumo nas próprias fazendas, pois a carne tem gosto e cheiro mais forte, nem sempre aceito nas cidades.
Com o abate para produção de embutidos, se aliviará os campos, se aproveitará uma proteína vermelha de alto valor e se criará uma nova fonte de renda para os criadores. Dauria está aplicando R$ 300 mil, financiamento do Banco do Brasil, na ampliação do frigorífico e n instalação da nova linha de produção. Também conseguiu Certificação Federal, o que lhe permitirá vender carne e os produtos em todo o País, se quiser.
As pesquisas para a produção dos embutidos foram feitas pela Embrapa-Bagé e estão sendo complementadas pela Universidade Federal de Santa Maria. Muita gente, ao longo do tempo, contribuiu para estas persquisas. O criador santanense David Fontoura Martins, durante muitos anos, cedeu animais para os pesquisadores da Embrapa-Bagé desenvolverem seus testes. A própria Confraria do Cordeiro, no início de sua história, por sugestão do então coordenador Henrique Dias de Freitas Lima, destinou uma sobra de dinheiro para aquisição de animais a serem entregues para a Embrapa-Bagé com a mesma finalidade. Agora, parece que, finalmente, vamos ter os embutidos de ovinos.
domingo, 20 de julho de 2008
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