quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Focar no consumidor certo


Diante de um mercado cada vez mais exigente e competitivo, o vinho de mesa surge como uma opção natural para garantir a sobrevivência de centenas de vinícolas (são mais de 750 vinícolas no Rio Grande do Sul), uma vez que este tipo de vinho possui condições de se aproximar do poder aquisitivo de um expressivo número de consumidores.  O vinho de mesa na verdade, é um dos mais importantes produtos, juntamente com o suco de uva, do setor vitivinícola brasileiro. Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) o vinho de mesa é responsável por cerca de 80% da comercialização de vinhos no país, sendo o preferido e mais consumido nas classes C e D, (donas de casa são as que optam pela escolha) conforme pesquisa de mercado encomendada pelo setor varejista. Atualmente a comercialização de vinho de mesa alcança 206 milhões de litros, (nos últimos anos vem sendo registrada  pequena queda nesta comercialização) sendo os tintos, seguido dos brancos e dos rosados os mais vendidos.
Como preocupação estratégica, a Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi) entende que o estímulo ao vinho brasileiro (fino e de mesa) deve ser uma constante de todo o setor, e para tanto, apoia e participa das ações organizadas pelo Ibravin, em consonância com as demandas de seus associados. Desta forma, a entidade aposta na utilização de rótulos modernos e nas garrafas tradicionais, bem como em um contínuo processo de transmissão de informações sobre o vinho de mesa, estimulando um consumo moderado da bebida. Segundo o diretor-executivo Darci Dani, a entidade irá estimular as empresas a participarem de eventos e ações que promovam o vinho brasileiro e o suco de uva. Por outro lado, o presidente do Conselho Deliberativo da Agavi, Rogério Beltrame, lembra que a carga tributária e os custos de produção são fortes empecilhos para o setor. Beltrame  defende também a inclusão do setor no Simples Nacional e entende que é necessária uma maior divulgação publicitária dos vinhos de mesa de parte das entidades e das vinícolas, estabelecendo uma concreta aproximação, através de ações promocionais, entre os departamentos de vendas e marketing das vinícolas e os estabelecimentos comerciais de bairros (mercados, minimercados), especialmente onde estão localizadas as populações das classes C e D..


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