Diante de um mercado cada vez mais exigente e
competitivo, o vinho de mesa surge como uma opção natural para garantir a
sobrevivência de centenas de vinícolas (são mais de 750 vinícolas no Rio Grande
do Sul), uma vez que este tipo de vinho possui condições de se aproximar
do poder aquisitivo de um expressivo número de consumidores. O vinho
de mesa na verdade, é um dos mais importantes produtos, juntamente com o suco
de uva, do setor vitivinícola brasileiro. Segundo dados do Instituto
Brasileiro do Vinho (Ibravin) o vinho de mesa é responsável por cerca de 80% da
comercialização de vinhos no país, sendo o preferido e mais consumido nas
classes C e D, (donas de casa são as que optam pela escolha) conforme
pesquisa de mercado encomendada pelo setor varejista. Atualmente a
comercialização de vinho de mesa alcança 206 milhões de litros, (nos últimos
anos vem sendo registrada pequena queda nesta comercialização) sendo os
tintos, seguido dos brancos e dos rosados os mais vendidos.
Como preocupação estratégica, a Associação Gaúcha de
Vinicultores (Agavi) entende que o estímulo ao vinho brasileiro (fino e de
mesa) deve ser uma constante de todo o setor, e para tanto, apoia e participa
das ações organizadas pelo Ibravin, em consonância com as demandas de seus
associados. Desta forma, a entidade aposta na utilização de rótulos modernos e
nas garrafas tradicionais, bem como em um contínuo processo de transmissão de
informações sobre o vinho de mesa, estimulando um consumo moderado da bebida.
Segundo o diretor-executivo Darci Dani, a entidade irá estimular as empresas a
participarem de eventos e ações que promovam o vinho brasileiro e o suco de
uva. Por outro lado, o presidente do Conselho Deliberativo da Agavi, Rogério
Beltrame, lembra que a carga tributária e os custos de produção são fortes
empecilhos para o setor. Beltrame defende também a inclusão do setor no
Simples Nacional e entende que é necessária uma maior divulgação publicitária
dos vinhos de mesa de parte das entidades e das vinícolas, estabelecendo uma
concreta aproximação, através de ações promocionais, entre os departamentos de
vendas e marketing das vinícolas e os estabelecimentos comerciais de bairros
(mercados, minimercados), especialmente onde estão localizadas as populações
das classes C e D..
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